tag:blogger.com,1999:blog-61599492954284815212024-02-19T10:31:27.182-03:00Cadernos de HinárioESTE É UM TRABALHO CO-AUTORAL EM PROL DA CULTURA DAIMISTA. PARTICIPE!Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-51934744405760192212013-03-28T12:51:00.001-03:002013-03-31T01:36:33.062-03:00O Mestre, Cinco Pães e Dois Peixinhos<div style="text-align: center;">
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Colagem sobre fotos das gravações da Minissérie Amazônia (Tv Globo, 2006) no CICLU - Alto Santo, com fotos antigas do Mestre Irineu e seu Memorial. Foto do aparelho de rádio do Mestre Irineu, que tocava também boa música popular brasileira, e o forró era sempre oportuno a celebrar a grande alegria da fé. Com essa canção do grupo Xote Santo, homenageamos a humildade e a perseverança do Mestre Imperador Raimundo Irineu Serra (1890-1971), como exemplo de verdadeiro cristão para todos seus companheiros na Doutrina. FELIZ PÁSCOA !!!</div>
Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-62091044722991975032013-03-25T16:24:00.002-03:002013-03-29T02:06:43.731-03:00Em defesa de Mestre Alfredo<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhirGZtGQwPa0QaZF8gs59rLHb47LxJuEsgNHAenNSs7bHC1I8eMPkI5E3YwNojqzbD2jytbeaZLOj6ycZhGwM22E6KL9UUqgZFFflHmTUxXOLkui8vFHvGnmUAnay-_V9X2w-q3_1Atoo/s1600/alfredo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhirGZtGQwPa0QaZF8gs59rLHb47LxJuEsgNHAenNSs7bHC1I8eMPkI5E3YwNojqzbD2jytbeaZLOj6ycZhGwM22E6KL9UUqgZFFflHmTUxXOLkui8vFHvGnmUAnay-_V9X2w-q3_1Atoo/s400/alfredo.jpg" ssa="true" width="400" /></a></div>
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Tanto se discutiu a crise da Igreja Católica Apostólica Romana no advento do Papa Francisco, que se obviou entre os grupos aiauasqueiros a ausência de uma discussão de nível da presente crise do Cefluris (hoje Igreja do Culto Eclético da Fluente Luz Universal) nos círculos mais gabaritados a compreendê-la dentro de um ponto de vista sociológico. Faltam os devidos parâmetros de neutralidade talvez, já que injunções do esforço coletivo por legalizar a Ayahuasca no Brasil sempre pressionaram a se tomar um alinhamento ou outro, e uma política mal conduzida acirrou ânimos em ambos lados do “front”. O fato é que, legalizada a Ayahuasca e inserida no sistema, o Cefluris, que já foi a maior instituição religiosa usuária da bebida no mundo, passa necessariamente por uma crise de legalização interna, uma crise de legitimação de seu sistema interno de gestão. O tempo evidenciou falhas do sistema, ilegitimidades, falsificações ideológicas, e a solução implica em correções de trajetória que, no caso de Roma levaram à renúncia do papa tradicionalista, e no caso do Mapiá, confrontam o chamado Mestre Imediato, <a href="http://www.santodaime.org/origens/alfredo.htm" rel="nofollow" target="_blank">Padrinho Alfredo Gregório de Melo</a>, e sua releitura personalista da Doutrina de Raimundo Irineu Serra, o Mestre Imperador.</div>
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Relembrando o passado, Alfredo nasceu Walfredo, em um seringal no extremo ocidente da Amazônia brasileira, conheceu a religiosidade cabocla dos amazonenses desde o berço, o espiritismo de mesa branca ainda na infância, e chegou no final da adolescência ao centro do Mestre Irineu, no Alto Santo, levado pelo pai, Sebastião Mota de Melo, em um episódio de cura. Através do Santo Daime desenvolveu seu talento musical, dando voz ao movimento “Nova Bandeira” com que se instituiu na Colônia Cinco Mil, comunidade formada por seguidores de seu pai enquanto líder espiritual, uma igreja separada do Alto Santo, um movimento próprio. É muito importante levar em conta isto: que a intenção original da primeira formação do CEFLURIS em 1974 não foi a de substituir o CICLU (Alto Santo), contrapondo-se a este, e sim de organizar a própria casa. Padrinho Sebastião não pretendeu ser o sucessor do Padrinho Irineu, chefiando o Alto Santo. Ele nunca teve essa ambição. Apenas quis ter a mesma liberdade de conduzir seus trabalhos em casa, com o seu grupo, que tinha recebido do Mestre Irineu quando se tornou feitor de Daime, e que não reconhecia em ninguém autoridade para retirar essa liberdade de preparar o próprio sacramento e escolher como e quando utilizá-lo com sua comunidade. Assim como em Porto Velho havia o CECLU (Centro Eclético de Correntes da Luz Universal), fundado pelo Mestre Irineu, e este não era formalmente submisso ao CICLU, assim se inspirou o novo Padrinho Sebastião e passou a exercer o dom de sua liderança. Assim começamos.</div>
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Em 1976, o Padrinho Sebastião havia recebido as primeiras levas de jovens de fora do Acre em sua comunidade, e em um grande rasgo de generosidade acolheu o uso da SM propondo-lhe a nova Doutrina de Santa Maria, mãe das mães. Quis dar a SM o status de Rainha, defender o seu uso santo como o uso que havia do Santo Daime. Foi um passo maior do que as pernas: seus amigos que haviam vindo do alto comando do Mestre, ao saber da novidade, o abandonaram. Uma seguidora entrou depois em um processo obsessivo, e teve de ser oculta da família porque seus irmãos eram do Alto Santo e não podiam ficar sabendo da SM. O Padrinho sentiu o peso da responsabilidade assumida e caiu em uma crise familiar, começando a deixar crescer aquela barba que depois seria usada como seu ícone máximo. Em 1977, a crise se aprofunda com o assassinato de um jovem macumbeiro a quem se havia dado autorização de dirigir trabalhos de quimbanda na Cinco Mil. No Acre, o Cefluris era considerado por todos os demais grupos usuários como uma enorme ameaça à legalidade do uso do Daime, pelo mau uso que faziam do nome de Raimundo Irineu Serra em seu centro, já que o Mestre não ensinara tais práticas nem seria de concordância com estas. Alfredo, junto com a diretoria do Cefluris, procurou resposta no Daime e no Mestre Irineu, e a decisão foi prosseguir com o que havia feito, para ver o que se podia fazer.</div>
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Aconteceu em 1978 a primeira abordagem do Conselho Federal de Entorpecentes, órgão do Ministério da Justiça. Foi o primeiro exame, quando o Cefluris começou a aprender como se relacionar com as autoridades federais, as pessoas que representavam o Brasil culto e letrado, as pessoas com formação universitária capazes de auxiliá-los a se inserirem no sistema. Conseguiram passar nesse exame e entender como estar sempre bem com as leis. Entenderam que seria necessário mais privacidade, e partiram para ocupar um seringal abandonado na floresta, o Rio do Ouro, onde os trabalhos espirituais pudessem ter mais liberdade. Enquanto isso, a igreja da Colônia Cinco Mil continuaria como vitrine, recebendo os novatos e preparando-os para aprofundarem seu estudos no Daime posteriormente no contexto do seringal. As dificuldades financeiras eram muitas, o sofrimento grande, e o Cefluris não fazia mais sombra ao Alto Santo. Em 1980 faleceu o presidente do CICLU, Leôncio Gomes, e mais uma vez o Alto Santo se dividiu, sendo erguida nova sede com a direção de Francisco Fernando Filho, o Tetéo: neste caso sim, uma crise sucessória pretendeu mudar a sede, mas já quando da criação do Cefluris, o que se quis foi criar uma sede própria, e não substituir a anterior, é importante ressaltar este aspecto. Em 1982, uma plantação de SM é apreendida na Colônia Cinco Mil, e isso reforça amplas suspeitas de que o Cefluris estivesse no Rio do Ouro para exercer ações clandestinas. De um modo pouco usual, o INCRA se interessou rapidamente na questão do Rio do Ouro e ofereceu ao Cefluris um outro lugar na floresta, só que no Estado do Amazonas, em um lugar onde a Escola Superior de Guerra já desenhara em suas aulas de geopolítica planos de formar um Parque Nacional. Alguns anos depois, os membros do Cefluris aprovariam, sob a batuta do Padrinho Alfredo, a Floresta Nacional do Mapiá-Inauini, com a qual o Padrinho Sebastião nunca concordara. Seria a Pax Romana, terminou sendo a Catedral da Floresta.</div>
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Em defesa do Mestre Alfredo Gregório de Melo, devemos dizer que seu hinário enquanto “Nova Bandeira” foi o primeiro hinário recebido nas cordas de um violão, o primeiro hinário interpretativo da Doutrina. Antes, no Alto Santo, os trabalhos rituais e o recebimento dos hinos vinham acontecendo sem instrumentos, baseados na simples audição e na capacidade de expressão musical de um irmão dentro do estado de “miração”. A partir da ampliação de sentidos proporcionada pela “Santa Maria”, e graças ao domínio crescente sobre o instrumento guitarra, o hinário do filho do Padrinho Sebastião passou a figurar como o exponencial do centro e seu principal fio condutor (lembremos que o hinário do Padrinho, “O Justiceiro”, foi encerrado em 1979, e por um longo período, antes que viessem os hinos da “Nova Jerusalém”, já era o hinário do Padrinho Alfredo que dava as cartas). Isto porque quem deu suporte ao pastorado de Sebastião Mota foi sua família direta, representada por aquele filho que deu voz ao Projeto Fluente Luz Universal desde o início, e que comandava o Cefluris "de fato" desde a saída para o Rio do Ouro. De certa forma podemos dizer que Alfredo conquistou primeiro a liderança da própria família, graças a eloquência de seu hinário, para então passar a exercer a liderança da comunidade, tanto o comando administrativo quanto o espiritual. O pai investiu nele como um novo Mestre, o revestiu da aura de Rei Salomão como se o hino 50 do Mestre fosse uma profecia e não uma celebração do próprio Mestre Irineu como bom juiz: isto foi uma interpretação pessoal da Doutrina, assumida como justa, quando de parte do Alto Santo se recebiam recados de que eles podiam “levar a farda e os hinos” mas não tinham o “segredo” do Mestre, e portanto, não tinham a legitimidade de serem portadores da Doutrina e distribuidores de Daime. Deu-se carta branca ao Mestre Alfredo desde 1979: e ele se sentiu um vencedor, pois conseguiu reunir um staff antes inimaginável e se ver como chefe do maior centro da Doutrina do Mestre Irineu no mundo, ou seja, um mais que legítimo sucessor na Doutrina. “No mundo não há segredo”, era o que dizia um hino do Mestre...</div>
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Acontece que o Mestre Alfredo teve de “comprar um peixe” para chegar a este ponto. O peixe que ele comprou foi um modelo de gestão de seu centro que, passados agora vinte anos da Eco92 e diante de um mundo cada vez mais veloz e transparente nas grandes redes sociais, se mostra insustentável. O Mapiá não é sustentável, o Cefluris não é devidamente sustentável. O Cefluris não foi capaz de formar um corpo de colaboradores a fim de pensar um modelo próprio de comunidade, de gestão solidária, de autossustentabilidade. Ora, se pensarmos que tem mais lucro quem compra dos ricos para negociar com os pobres, do que aqueles que compram dos pobres para negociar com os ricos, por que motivo em vez de se investir na aquisição de insumos baratos nas grandes cidades para produção e comercialização na Amazônia, gerando renda para o Mapiá, se adotou o modelo de querer produzir algo beneficiando matéria-prima da floresta para abrir mercado selecionado nas grandes cidades do planeta? Porque esse era o pensamento da época, a forma de ver dessas pessoas cujo interesse básico sempre foi pura e exclusivamente ter acesso ao Daime em seus próprios locais, “vamos celebrar a Natureza e a Paz”, e poucos tinham interesse de se dedicar a erradicar a miséria nas áreas ribeirinhas da Amazônia ou mesmo entendiam tal necessidade. </div>
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Que interesse tinham em criar empregos para colocar mais gente pobre do Purus para se escorar lá no Mapiá? O interesse era o turista místico, o aprendiz de xamã, o intelectual alternativo, uma outra classe de gente. Foi aí que se perdeu uma grande batalha. Sem perceber, o modelo de comunidade florestal que era desenhado em Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, pela equipe do competente Alex Polari, foi esvaziado. O Mapiá se tornou um sanatório, e tudo passou a ser quantificado e qualificado de acordo com uma regra política que determinava que o Cefluris organicamente centralizava-se no Mapiá atendendo a uma demanda de caridade não local mas “amplamente” humanitarista. Uma catedral na floresta é um polo de atração turística. Mas não sendo um turismo sustentável, o culto nela desenvolvido deixa de ser visto como de serviço devocional. O próprio Mestre Alfredo já vem preferindo seus torreões e torrões no Céu do Juruá. O modelo de gestão que não funcionou no Mapiá, esse precisa ainda ser substituído e não replicado para comunidades indígenas como alguns ameaçam fazer em breve, por isso a vinda da AMAGAIA para formar uma ecovila na Boca do Mapiá significará uma guinada no sentido do Cefluris mais comunitário, onde a irmandade seja percebida através do pão que realmente se ganha junto para se comer na mesma mesa, e não apenas através do pão que é oferecido para poder se sentar a mesa.</div>
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Da “Nova Era” a “Nova Dimensão”, a interpretação que o Padrinho Alfredo faz da Doutrina de Juramidam está sendo cada vez menos bem interpretada. A legalização do Santo Daime realizada, depois que os centros todos se deram conta de que respondiam individualmente por suas obrigações junto a Constituição Federal Brasileira, e não em grupo, agora é o tempo da legitimação dos comandos. Há muito comando estelar no mundo da Ayahuasca, e o do Mestre Alfredo é um dos tais, que tão generoso em liberdades foi que em muitos casos resultou visto como omisso. De certa forma, o Cefluris chegou a um ponto de crescimento tão disfuncional dentro desse sistema de gestão equivocado, que passou a “franquiar” pequenos núcleos com interesse de aumentar a base de arrecadação financeira de suporte da matriz. Como não houve nenhum projeto de criar mecanismos de geração de renda para os membros do Cefluris na Amazônia, o sacramento do Santo Daime é que passou a ser fonte de renda dos moradores daquelas comunidades daimistas na Amazônia. O pior: em muitos casos, a principal senão única fonte de renda. É um modelo administrativo claramente perverso, depreciador da Doutrina e injusto para com o passado de etnoterapeuta do Padrinho Sebastião e, antes dele, do Mestre Irineu. Isto não era necessário para que a Doutrina chegasse ao mundo todo, como defendem os criadores de biografias cor-de-rosa: vamos quebrar estes falsos paradigmas, afinal, conhecendo a Verdade é promessa de Cristo que dela nos vem a Liberdade. A quem vendeu esse modelo de gestão, pouco lhe importava estar vendendo peixe cheio de espinhas, e quem comprou teve interesse, mas seguramente não fazia ideia do espinheiro que teria que aturar para corrigir décadas de desatino depois disso.</div>
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O que conta a favor do Padrinho Alfredo,sem dúvida são as inúmeras curas e bênçãos que seu hinário e o trabalho de seus seguidores vêm trazendo em vários cantos do planeta, levando luzes da Doutrina do Mestre Irineu e do Padrinho Sebastião para muitos corações. O que devemos compreender de toda sua grande luta, seu grande estudo a frente do Cefluris é que às vezes a gente quer consertar algo mas não pode intervir porque ao consertar esse aspecto, outro aspecto existe que pode se desconsertar, e a gente acaba passando por ineficiente. Quem trabalha com uma questão, para ser imparcial, deve poder analisar a situação e conhece-la de todos os lados, para emitir um juízo mais justo, e certo, porque o errado só se corrige com o certo, e não com o “quase certo”. Em nome do Mestre, Alfredo topou aguentar muita bordoada. E digamos: bom juiz, sábio, conselheiro, tudo isso foi o Rei Salomão, podemos ler no Livro de Eclesiastes. Ao Mestre Alfredo falta ainda conseguir traçar novas diretrizes para o Cefluris, e renovar os seus quadros. Até o ano 2000, a rede de comando do Padrinho Alfredo alcançou proporções inimagináveis para o Cefluris dos anos 80, mas depois disso houve uma reconvexão que veio se acentuando até 2010 quando da tragédia do Céu de Maria, em São Paulo, onde vários equívocos do sistema por fim foram se desvelando. Em 2012, a “cúria” do Mapiá entregou os cargos, assumindo a administração do Cefluris uma equipe que se anunciou “de transição”. Foi observado que a “cúria” não realizou uma desejável autoanálise no momento de renunciar aos seus postos de subcomando, apenas passou o bastão sem nenhuma autocrítica.<br />
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A favor do Padrinho Alfredo, podemos dizer que, o modelo de gestão adotado pelo Cefluris foi aquele que lhe foi disponibilizado pelas pessoas em quem necessitou depositar sua confiança, e todas as deturpações do “<em>modus vivendi</em>” da comunidade foram resultantes de movimentos maiores da humanidade, foram alterações e problemas que aconteceram em todas as famílias do Acre, em todas as famílias do Brasil, e o centro trabalhou essas questões. Está bem, mas as coisas não se resolvem por si só, o Daime não é uma cornucópia nem uma panacéia, e Deus deu ao homem a capacidade de gerir o seu destino, de pautar o seu livre-arbítrio através do esclarecimento e da ampliação da capacidade de diálogo, para que um Império do Amor floresça. É isto que se espera de um Mestre, reconhecer os próprios desvios de trajetória originados por circunstâncias materiais ou espirituais, a fim de sempre dispor da autocorreção e do autoaperfeiçoamento. Reinterpretar sua própria Doutrina, é o que se espera do Padrinho Alfredo Gregório de Melo: que governe seu povo com muita alegria na responsabilidade, e também muita fé na saúde, que o Mestre dos Mestres com certeza não desampara nem desamparará ninguém, jamais.</div>
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Confiram os hinários do Padrinho Alfredo em <a href="http://daime.org/">Daime.org</a></div>
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Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-61095143151309236092013-03-25T15:40:00.001-03:002013-03-31T01:38:24.377-03:00Sol, Lua, Estrela<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/E7URsgVJKds" width="560"></iframe><br /></div>
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"O símbolo de São Jorge tocando a língua do dragão, como representação do processo de individuação, de tomada de consciência, sendo feita sob a supervisão de ser divino (São Jorge) é comum em várias religiões sob forma variada, pois que o TAO, por exemplo, representa justo isso, que em todo Yin existe em potencial o Yang e que em todo Yang existe em potencial o Yin; e também que em todo ser inconsciente está a consciência em estado potencial. Por este motivo, São Jorge, o guerreiro, Pai, Sol,Yang, consciência, está também na Lua/inconsciente como diz o ponto: “São Jorge está na lua…” e Ele é Ogum Beira-Mar ou Sete-Ondas, simbolo igual ao de Jesus à beira do lago de Genesaré olhando para este., o Ser Divino que assiste nossa evolução." </div>
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Fonte: José Maria Acquaviva, em "<a href="http://povodearuanda.wordpress.com/2011/04/05/sao-jorge-e-a-lua/">Povo de Aruanda</a>"</div>
Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-42754052560147884832011-10-26T15:08:00.008-03:002013-03-31T02:37:16.948-03:00Daniel Arcelino Serra (1939-2011)<div style="text-align: right;">
<span style="color: white;"><span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif; font-weight: bold;">DANIEL SERRA, UM JARDINEIRO DO MESTRE</span></span> </span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif; font-size: x-small; font-style: italic;">homenagem por Eduardo Bayer Neto</span> </span></div>
<span style="font-size: 130%;"><span style="color: white;"> </span></span><br />
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<span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfDAygZMggb42hZpsqY7HnpX8iEMznJ4FTjIqUn7w89G8s7KobqAghApFcL1pVkVhnzgZGbc3cQLzYGiRg5Y0cnDi_xlSIU1D56_S9pR-zYLfjte2x_LATblOys6WrPkKp0yNg6GpBmnQ/s1600/2898134049_d2d43b1fe2.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5667864474989838658" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfDAygZMggb42hZpsqY7HnpX8iEMznJ4FTjIqUn7w89G8s7KobqAghApFcL1pVkVhnzgZGbc3cQLzYGiRg5Y0cnDi_xlSIU1D56_S9pR-zYLfjte2x_LATblOys6WrPkKp0yNg6GpBmnQ/s400/2898134049_d2d43b1fe2.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a></span></span><span style="font-size: 85%;">Daniel Serra e o Mestre, em foto de Lou Gold : <span style="text-decoration: underline;"></span><a href="http://www.flickr.com/photos/visionshare/sets/72157607569123184/detail/">Daime Diverse</a></span></div>
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<span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span">O conheci primeiro pelas fotos que o meu padrinho guardava do velório do Mestre, o Daniel Serra sobrinho do Mestre Irineu, ainda jovem pai de família em 1971 aos vinte e oito anos de idade. Eu residia na Colônia Cinco Mil e trabalhava na cidade, e numa dessas vindas ao centro da capital, quando descíamos de braço dado, eu e o padrinho Wilson Carneiro, a rua do Palácio das Secretarias, foi que eu o vi pessoalmente pela primeira vez, de modo inesperado: um negro muito distinto, de olhos amendoados, com um semblante que lembrava muito o Mestre Irineu. Tratou muito bem o "Seu Wilson", apesar da profunda separação entre o Alto Santo e o Cefluris, e, como fazia pouco tempo do falecimento do padrinho Sebastião Mota, seu Daniel fez questão de relembrar a última vez em que haviam estado juntos, em 1988, quando o padrinho Sebastião passava por Rio Branco retornando do Rio de Janeiro (mesma época em que gravamos o documentário "São João na Terra") e ao reve-lo veio lhe dar um forte abraço e caiu em lágrimas, demonstrando o apreço e a saudade que tinha pelo sobrinho do Mestre a cujo lado dera seus primeiros passos no bailado do salão. Foi assim então que eu o conheci de passagem naquele dia.<br /><br />Tempos depois, eu em minhas atividades de pesquisa, recebi o fotógrafo Luiz Veiga para uma mostra de vídeos ecológicos em Rio Branco, e como este quisesse registrar os centros aiauasqueiros, levei-o num 6 de julho ao Alto Santo. Após a missa no túmulo, quisemos ir ao centro do Alto Santo, onde nunca antes eu estivera, e depois de passar a porteira e adentrar o terreiro, quem foi ao nosso encontro para receber-nos foi ele, o próprio Daniel Serra, então comandante da ala masculina do salão da viúva do Mestre Irineu. Sério, mas muito gentil, explicou-nos que por não haver solicitado previamente, não poderíamos fotografar nem comungar o Daime, apenas assistir a celebração. No ano seguinte, Centenário do Mestre, o reencontrei levando a mãe, Dona Cota, fardada, para visitar o grande galpão onde foi realizado aquele festival, e se dizia comovido pela celebração promovida por seu compadre Luiz Mendes ao lamentar que tal festejo não fosse realizado na sede da madrinha Peregrina. Acredito hoje que esse grande gesto diplomático seu teve iniciativa em parte a partir da leitura da reportagem que publiquei na ocasião sobre a terra natal do Mestre, São Vicente Férrer, evidenciando que coubera a um seguidor do padrinho Sebastião a proeza de em pouco tempo e com poucos recursos encontrar e registrar a casa onde Raimundo Irineu Serra nascera, cem anos antes, bem como os seus familiares que tinham mais lembranças da convivência com o Mestre quando do seu retorno ao Maranhão no final dos anos 50, memorável viagem esta da qual trouxera Daniel e dois de seus primos para viver no Acre. Para ele passei a ser um "herói" desde então, e ficamos mais amigos, o que me proporcionou oportunidade de visitá-lo amiúde para longas e tranquilas conversas instrutivas.<br /><br />"<span style="font-style: italic;">Vejam como eu sou humilde... E sou bonzinho de coração... Eu falo com todos vós... E a todos eu presto atenção...</span>", eram os versos do hinário do padrinho Sebastião que Daniel Serra jamais esquecera. Apesar de ter chegado a ser indicado por seu tio a ficar como comandante depois de sua passagem (*), o que ele declinou em razão de ser ainda muito jovem em 1971, ele foi um dos fundadores em 1975 do Centro Eclético da Fluente Luz Universal "Raimundo Irineu Serra", o Cefluris, o que demonstra que a liderança do presidente Leôncio Gomes à frente do Alto Santo era discutível dentro do próprio "estado maior" da Doutrina, e que a liderança do padrinho Sebastião Mota, era considerada natural para pessoas do círculo familiar do Mestre Irineu. A infância do Cefluris, entretanto, durou pouco naqueles anos 70: logo a ela chegaram os livre-pensadores hippies, com eles a Santa-Maria, e quando o assunto veio à baila entre os fundadores mais antigos, a decisão deles foi de retornar ao comando do presidente Leôncio Gomes. Chegou logo a adolescência e suas mutações, motivos de grandes aflições e destemperos, e depois do Rio do Ouro e a criação de novas comunidades no sudeste brasileiro, pode-se dizer que o Cefluris fundado no Mapiá é que chegou à fase adulta enfrentando suas consequencias e recebendo cada vez maiores responsabilidades. Daniel Serra, que gostava muito de lembrar de uma de suas primeiras mirações quando vira uma grande régua igualando a todos pois perante a Deus todos eram do mesmo tamanho, e que também acreditava na palavra cristã de "quem não nascer de novo, não verá o reino dos céus", não fazia acepção entre pessoas, espelhando-se no Mestre que lhe ensinara a tratar a todos por igual, e foi assim que, depois de ter deixado o seu comando no Alto Santo resolveu se dedicar a conhecer os seguidores de seu tio espalhados pelo Brasil afora e assim colaborar com a apresentação da Doutrina e sua história em conformidade com os preceitos fundamentais e fundamentadores deixados pelo Mestre Irineu, o que a partir do ano 2001 encontrou condições de realizar.<br /><br />"<span style="font-style: italic;">Desde pequeno eu já ouvia falar do meu tio Irineu, porque quando era pequeno morava com sua mãe, minha tia avó Joana Serra. Ela sempre falava dele, pois esperava que um dia ele voltasse. Fazia até bolo para ele e ninguém podia comer. Cansei de ver sapatos e roupas dele lá na casa dela. Além de mim, havia outros primos morando com ela, tudo da mesma idade. Toda noite ela colocava a gente para rezar, todo mundo ajoelhado em frente a Santa. Ela rezava na frente e a gente repetia até cansar, tinha uns que dormia ali mesmo ajoelhado, aí ela mandava dormir. O mais engraçado é quando ela brigava com um de nós que não estava prestando atenção na reza, aí a gente também repetia. 'Presta atenção, menino!, aí a gente repetia 'Presta atenção, menino!</span>'."<br /><br />Em depoimentos como este de Daniel Serra, recolhido por Mivan Gedeon, vislumbramos um pouco dos aspectos da religiosidade familiar do Mestre Irineu. E foram muitos os depoimentos que ele deu sobre a história do Mestre, em toda parte onde andou, que puderam iluminar uma multidão de corações. Ele, com toda sua autoridade fez todo esse trajeto missionário como um jardineiro do Mestre, mesmo não aprovando o uso da Santa-Maria, pois reclamava do pessoal da Cinco Mil ter inventado uma "lenda rural" sobre um certo Cabo Moraes que, sendo usuário de maconha, afirmara ter um dia provido o próprio Mestre, já ancião, daquele fumo. Daniel Serra, assim como o Mestre, certamente observou o uso do "pito-de-diamba" no Maranhão quando jovenzinho, mas nunca quisera experimentá-la, e não tinha problemas em contar que o Cabo Moraes era um dos frequentadores do Alto Santo em tempo do Mestre, e que um dia ao passar por casa deste chegou a ser-lhe proposto um cigarro da planta, prontamente rejeitado. A base que dava para sua atitude era a de que foi o uso desregrado da planta é que corrompera a Doutrina em alguns centros, embaçando o processo terapêutico do Daime e conduzindo muitos seguidores a processos autodestrutivos em decorrência da irresponsabilidade por ela acentuada nos indivíduos. Sua mãe, Dona Cota, da tradição afromaranhense conhecia e utilizara a diamba como chá para perturbações menstruais, mas para Daniel Serra a planta era coisa que não lhe dizia respeito, segundo ele o Daime lhe dava tudo do que ele necessitava, seu compromisso era com o Daime e esta a sua escolha - o seu ecletismo evolutivo (**).<br /><br />O importante era que Daniel Serra não fazia discriminações, e procurava aceitar a cada um de acordo com a sua própria natureza, sem deixar entretanto de apresentar seu conselho de prudência. Tinha, é claro, algumas pessoas com quem tinha ou tivera problemas de convivência, como o Tetéo, Francisco Fernando Filho, de quem contava havia se engrandecido com os dons que o Mestre lhe dera, mas nem por isso menosprezava os hinos do Tetéo ou de quem quer que seja. Ao abrir sua igreja em São Luís do Maranhão, alguns pensavam que ele, por incorporar aos trabalhos de concentração o canto dos chamados "hinos de oração do padrinho Sebastião", este deveria pedir algum tipo de autorização aos dirigentes do Mapiá e estar vinculado a eles, o que demonstrava certamente tamanho desconhecimento da Doutrina que o "padrinho Daniel" apenas fazia sorrir consigo mesmo. O Centro de Iluminação Cristã Estrela Brilhante, CICEBRIS, que Daniel junto a sua esposa Dona Otília e a família de sua filha única, Maria do Carmo, fizeram erguer na Grande São Luís, foi marco dessa autonomia e dessa independência constituída pela personalidade de um ariano forte, de muita boa vontade e dedicação à Doutrina deixada por seu tio.<br /><br />Tenho muita esperança de que a irmandade maranhense conduzida pelo padrinho Daniel possa prestar agora suas homenagens ao nosso querido amigo, conservando sua obra e organizando sua casa para representar dignamente a obra de Raimundo Irineu Serra, personalidade histórica acreana, em sua terra natal, o Maranhão. Para isso, o <a href="http://www.youtube.com/user/EstrelaBrilhante2?ob=">CICEBRIS</a> já dispõe de sessenta hectáreas de terra em São Vicente Férrer, doadas por um irmão paulista, justamente as terras que pertenceram à mãe do Mestre, onde Irineu e Daniel vivenciaram, cada um a seu tempo, a aurora de suas vidas, e onde muitos familiares do Mestre Irineu ainda vivem de modo muito humilde e autêntico e oxalá possam ainda serem apoiados por seguidores da Doutrina da Rainha da Floresta a formar sua escola, sua comunidade e sua "Casa Santa".<br /><br />Lá onde chegou, agora que se aposentou do fardo material, Daniel Serra teve à sua espera muitos luminares e muitas respostas importantes da Doutrina. E lá, seguramente, Maria Serra, sua mãe, Dona Cota, está a cantar na sua cadeira de balanço o seu barquinho azul, descortinando-nos novos primores a serem alcançados. Sobre toda a humanidade!<br /><br />+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++<br /><br />Para conhecer os cinco hinos que compõem o caderno de hinário de Daniel Serra, cliquem em: <a href="http://soundcloud.com/lucasserramar"><span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Lucas Serra - Soundcloud</span></a><br />.<br />* Conheçam a <a href="http://afamiliajuramidam.org/comunidade/documentos/ata.html" target="_blank">Ata de 1971</a></span></span><br />
<span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif;"><span class="Apple-style-span">** No século XIX, a filosofia de Victor Cousin, se autodenominou espiritualismo eclético, emprestando a esta tendência características de conciliação e moderação próprias de uma vertente do pensamento neste século. O pensamento de Cousin se autodenomina eclético porque pretende descobrir e afirmar a parcela de verdade contida em todos os sistemas filosóficos.<br />Cousin realiza vários estudos concernentes à história da filosofia, e termina por compreendê-la como a sucessão de quatro correntes principais: sensualismo, idealismo, ceticismo e misticismo. A cada uma destas doutrinas, é preciso reconhecer seu valor e, simultaneamente, apontar seu caráter de parcialidade. O sensualismo descobre a experiência sensível como fundamento da realidade; contudo, ela pretende reduzir todo real a esta única dimensão.<br />O idealismo aponta para o sujeito como fonte da realidade; ao indicar esta nova dimensão, porém, ele renega a experiência sensível, incorrendo, assim, no mesmo erro cometido pela primeira corrente analisada. Por sua vez, o ceticismo refuta as posições anteriores como dogmáticas; mas, não compreendendo a verdade parcial contida nestas posições, acaba por negá-las integralmente, incorrendo, deste modo, igualmente, em dogmatismo.<br />O misticismo consiste no escape aos erros precedentes, por situar-se aquém de toda análise; o que este pretende é consagrar-se como expressão da espontaneidade. Estas quatro doutrinas constituem quatro modalidades de apresentação do espírito. Contudo, este se realiza na história ao modo de retornos cíclicos. A verdade se apresenta, na história, disseminada por tais formas de pensamento, como um percurso necessário, que se repete indefinidamente.<br />Saibam mais sobre o ESPIRITUALISMO ECLÉTICO em <a href="http://www.coladaweb.com/filosofia/ecletismo-espiritualista">http://www.coladaweb.com/filosofia/ecletismo-espiritualista</a></span></span><br />
<span style="font-family: verdana,helvetica,sans-serif;"></span><br /></div>
Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-54488243162584643922011-01-30T18:00:00.000-03:002011-01-31T00:49:58.039-03:00A Alvorada, de Ana de Souza<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsR6fpuH8ZC3fEdBNTyLK3nkNPZgG2IcVf8xTyewancz67VekJsu6jM_Ln0_5jQXR5V4dW8abjEqo43qzeJWo5IZ15ABdG24uz49Yrg9Bd3TCq_hiZ2HFM-yoiQAV9DCh9Zd5B6175PBc/s1600/ayahuasca_vision.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 331px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsR6fpuH8ZC3fEdBNTyLK3nkNPZgG2IcVf8xTyewancz67VekJsu6jM_Ln0_5jQXR5V4dW8abjEqo43qzeJWo5IZ15ABdG24uz49Yrg9Bd3TCq_hiZ2HFM-yoiQAV9DCh9Zd5B6175PBc/s400/ayahuasca_vision.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5568175218107081682" /></a><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Temos um grande prazer de multiplicar para a irmandade daimista o hinário da irmã Ana de Souza. Dona Ana era casada com o Senhor Elias Brito, fazendo parte do grupo de seguidores que o Mestre Irineu trouxe para morar no Alto Santo. Deixou estes 27 hinos que se destacam por sua mensagem, um pequeno caderno de hinário de força e transformação, que podemos até comparar com outros pequenos hinários recebidos por mulheres, como o da irmã Maria Damião ou da Madrinha Rita, que parecem mais curtos, concentrados, para assim elevarem o nível do trabalho. Ana de Souza, mãe da Madrinha Riselda, esposa do Padrinho Luiz Mendes, já partiu para o lado do Mestre, mas apresenta aqui, através da voz de sua filha e de seus descendentes, todo o vigor das filhas diletas da Rainha da Floresta. Apreciem!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para baixar este hinário, cliquem nos links abaixo:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.4shared.com/file/bpIpkpAR/Hinrio_Ana_de_Souza_01-14.html">Hinário de Ana de Souza 01-14.zip</a></div><div style="text-align: center;">+</div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.4shared.com/file/YmBDAPDp/Hinrio_Ana_de_Souza_15-27.html">Hinário de Ana de Souza 15-27.zip</a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bom trabalho! </div><div><br /></div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqGusJAb_FwsvIuplxhLzXW3eE9VXVhz3LE3y74ojbSC6B02panm-KqT5OR4RqIuPRIkUryy6CVTPXXrE6I5PPOs8CI9kKOcNSbsPZDqt0OIlxUr6GQ7Cq-q1Ll0CsiJwN7wSAeP0sgXY/s1600/3291145406_90be339012_o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 375px; height: 374px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqGusJAb_FwsvIuplxhLzXW3eE9VXVhz3LE3y74ojbSC6B02panm-KqT5OR4RqIuPRIkUryy6CVTPXXrE6I5PPOs8CI9kKOcNSbsPZDqt0OIlxUr6GQ7Cq-q1Ll0CsiJwN7wSAeP0sgXY/s400/3291145406_90be339012_o.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5568175223893814850" /></a><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify;"><b><i>Nota: </i></b>Este nosso blog inicia o ano de 2011 com o propósito de resgatar os links perdidos das publicações anteriores, e para tal agradecemos de coração todo aquele irmão que nos puder auxiliar nesta tarefa, disponibilizando novos uploads e links para locais para armazenamento de arquivos, já que até aqui viemos dependendo quase que exclusivamente de sites como o 4shared, que infelizmente aceita um número limitado de downloads. Aguardamos sua comunicação conosco diretamente no endereço <a href="http://www.blogger.com/paula.animanet@gmail.com">paula.animanet@gmail.com</a>, aos cuidados de Paula Gasparini. Em breve, aqui no Cadernos de Hinário, novas publicações!...</div></span>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-86027245628939868542010-07-07T18:54:00.000-03:002013-03-31T01:40:46.808-03:00TERRA, presença de Cristina Tati<div style="text-align: center;">
<object height="344" style="background-image: url("http://i2.ytimg.com/vi/yxIE5S_dSuI/hqdefault.jpg");" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/yxIE5S_dSuI&hl=en_US&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/yxIE5S_dSuI&hl=en_US&fs=1" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344"></embed></object></div>
Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-46558913598004347962010-04-12T17:04:00.003-03:002013-03-31T00:47:21.611-03:00A Santa Fé<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB11eRPSn-j6wyGliM7G1v7lp_J7BbsMck5UfuZPDTr9HE7kB32Tno6cUDbxdvPdN9CERTMIomDNHdSrafC0VbFlBot1Rb3HosXnvEkilMoTHdZoFDwp-_J_6gxZaeZyfEJv7aLnlCXTw/s1600/DB_Hidden_Lily_Palestine_Gardens_web.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459346577004006130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB11eRPSn-j6wyGliM7G1v7lp_J7BbsMck5UfuZPDTr9HE7kB32Tno6cUDbxdvPdN9CERTMIomDNHdSrafC0VbFlBot1Rb3HosXnvEkilMoTHdZoFDwp-_J_6gxZaeZyfEJv7aLnlCXTw/s400/DB_Hidden_Lily_Palestine_Gardens_web.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 322px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 241px;" /></a><span style="color: white; font-size: 78%;">lírio selvagem da Palestina</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333300; font-size: 85%;"><span style="color: white;">"</span><span style="color: white;"><em>A música, os estados de felicidade, a mitologia, os rostos trabalhados pelo tempo, certos crepúsculos e certos lugares querem dizer-nos alguma coisa, ou alguma coisa disseram que não deveríamos ter perdido, ou estão prestes a dizer-nos alguma coisa; esta iminência de uma revelação,<br />que não se produz, é, talvez, o fato estético</em>".<br />(Jorge Luis Borges)</span></span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Há ideologias sem ideal que se renove, e talvez sejam mesmo a maioria delas no mundo de hoje. É quando mais importantes que novas ideias são os ideais estabelecidos, e portanto os ideários, e assim qualquer nova ideia passa a ser vista como suspeita, potencialmente uma fonte de desordem ou uma nota desarmonizadora na melodia fechada. Fosse sempre assim e já não haveria civilização, pois o alento da humanidade é o fato de geração após geração poder reinventar-se a si própria e melhorar as formas de convívio. Para uma ideologia estar aberta a novas ideias despontadas em seu bojo é preciso que seja como um bom vinho, sempre em processo de amadurecimento, sempre a melhorar suas notas e seu encorpamento, assim facultando que melhor saboreio dele possa ser proporcionado. Chegamos assim a um símbolo cristão: e há que ser amor para transformar pura água em vinho, e ter amor para que o vinho siga aperfeiçoando-se em vinho, e não desista de sê-lo para transformar-se em vinagre.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Já que tocamos em símbolos, e mistérios cristãos, podemos seguir nesse âmbito e definir o que seria uma Santa Fé. No aspecto das palavras, Santa Fé pode ser compreendido como "crença sadia", acreditar em instruções que tenham substância, sustança, suporte e amparo. A Santa Bíblia diz que devemos confiar apenas em Deus, e não em outro homem. Porque o homem nada é se não espelhar a essência divina, se não expressar em sua vida aspectos incorruptíveis que provenham de sua origem mais pura e fundamental, que era o estado de harmonia que possuíamos no seio de Deus. A vida material porcerto nos oxida, a todos, nos corrompe e nos contamina, e cabe ao homem empreender o eterno retorno às suas fontes imateriais, em eterno reciclar-se, sem perder sua conexão com suas origens nem com seus propósitos - é daí que vem a palavra "religião", o religar-se, não perder-se de si mesmo para não adulterar-se, para não trair sua própria essência (evoluir sim, mas sem deixar de ser "vinho" jamais).</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">É o homem, o ser humano, um contraditório por si próprio: este é o preço do livre-arbítrio, o pecado original pelo qual respondemos coletivamente enquanto quisemos nós ser responsáveis em fazer nossas próprias opções, decidir entre o bem e o mal por nós mesmos, e não estar sujeitos a uma obediência cega a um Criador que nos ordenava apenas o que podíamos e o que não podíamos fazer. Ansiamos por responder individualmente a nossas próprias decisões, e pagamos por essa liberdade nessa dimensão material onde há tanto a vida quanto a morte, e onde para nos defender precisamos organizar-nos em sociedade, onde, portanto assumindo o contraditório, temos sempre uma liberdade controlada, sujeita ao controle de grupo, de modo que, por não querermos obedecer cegamente a um Pai-Mãe Criador, nos vimos obrigados a obedecer (muitas vezes iludidos ou iludindo-nos) a outros homens, a eles reverenciando sua autoridade à frente de nossas forças, de nosso suor e de nosso sangue. É por isso que penamos neste mundo, porque as formas de poder que criamos sempre favorecem uns em desfavor de outros, e assim caminha a humanidade sobre tantas desumanidades: pois em vez de obedecer à imparcialidade que existia perfeitamente por parte de Deus-Todo, passamos a obedecer às parcialidades que agem imperfeitamente da parte do homem.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Em quem confiamos? A lei é para todos, dizemos nós, mas as leis feitas pelo homem até ontem sempre estiveram sujeitas ao valor das autoridades. Em nome de preservar a autoridade de instituições humanas como o Estado, a Igreja, o Sistema Acadêmico, o Sistema Financeiro, o Congresso, etc., a lei não é aplicada muitas vezes a pessoas em posição de autoridade. Torne-se autoridade e a lei favorecerá os privilégios de sua posição, até o ponto de omitir-se na impunidade, pois mais importante que os homens são consideradas as instituições, e em nome do "bem-estar comum", muitos crimes deixam de ser punidos: são acobertados, mascarados, protegidos, em muitos casos por suas próprias vítimas. Não precisamos nem dar exemplos, o leitor poderá por si próprio lembrá-los, pois a História está repleta deles, e a grande esperança das novas gerações é de que os avanços tecnológicos da velocidade e volume de informação venham a favorecer a transparência das instituições e a isenção e não-omissão do sistema judiciário. Sim, as leis humanas são falhas e também dependem de interpretações calcadas por hábitos e padrões culturais vigentes, como o pensador francês Montaigne há cinco séculos atrás já elucidava em sua leitura do mundo em transformação na época dos "grandes descobrimentos".</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">A lei divina, entretanto, existe, e é justa. Podemos compreende-la inclusive como uma lei da Física, uma lei de Harmonia Universal. Toda força empreendida em um sentido recebe uma força equitativa em sentido contrário. A Física pode ser incapaz ainda de quantificar certas energias, como as forças do pensamento e as do inconsciente, mas a milênios isso vem sendo exercitado no campo da Filosofia e traduzido inclusive em artes marciais do Extremo Oriente. O que sabemos grosseiramente no Ocidente é que a violência de um murro contra uma parede se reflete em igual agressão contra o punho de quem golpeou: o que seria mais elaborado de compreender é que, quando Cristo fala nos evangelhos canônicos que, se te golpeiam numa face, podes oferecer a outra, é que, se não exerces o direito de resposta (não te deixas mover pelo reflexo de revidar a agressão sofrida) já há uma resposta natural do agressor, que à sua injustiça recebe a devida justiça de retorno. Faça o bem, deseje o bem, e receberás em dobro; faça o mal, deseje o mal, e o receberás de volta, sem que por isso precise atuar a vontade do outro - a lei de equilíbrio universal é uma lei de perfeita compensação. Ninguém é capaz de construir sua felicidade a custo da infelicidade alheia, e isto não é uma força moral (normatizada por convenções) e sim uma potência ética (capacitada por injunções). Simplificando: a cada um, o peso da própria cruz, mas unidos somos mais fortes, podemos tornar mais leve o rigor da caminhada. A lei divina, universal, é perfeita: a lei humana, parcial, falha. Confiemos mais em Deus, portanto, e não apenas no juízo dos homens.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Voltamos assim à Santa Fé. E agora faz-se o momento de abordar a fé no Daime. Reza esta Doutrina religiosa amazônica que a comunhão de uma bebida miraculosa nos serve de veículo para obter de Deus aquilo de que necessitamos: "Dai-me fé", "Dai-me amor", "Dai-me segurança"... - são muitos os pedidos, e quem se esforçar por merecer é por Deus recompensado. Irineu Serra, que em sua visão da Rainha da Floresta como Mãe Criadora, Mãe Celestial, Senhora da Conceição e todos os epítetos da Virgem Maria do catolicismo popular, predicou tal Doutrina e não rotulou o nome de seu vinho sob qualquer substantivo ou adjetivo, apenas o categorizou como veículo de invocação dos seres divinos do plano espiritual, afirmando em sua prática ritualística um método seguro de convivência das dimensões material e espiritual para seu consumo; jamais também colocou como propósito de sua doutrina o proselitismo evangelizador, a criação de uma organização religiosa ou sectária. Sabia ele das imperfeições humanas que seriam obstáculo constante a semelhantes pretensões.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Doutrinar o mundo inteiro sem a nada temer, para esse Mestre navegador dos planos superiores, podia ser realizado no singelo âmbito de seu salão de estudos, apenas comungando da seiva florestal e concentrando-se no Cristo interior. Recebendo a força daquela poção amazônica, o ritual facultava a aprender manejá-la para direcionar sua luz a benefício dos mais necessitados. Apenas isso, na simplicidade de um compromisso escolar de querer aprender e ter bom comportamento sendo obediente às regras de convívio, e isso se refletiria não apenas na comunidade, não apenas no bairro, não apenas na cidade, na província, no país, mas no mundo inteiro, em toda a humanidade. A fé não move montanhas? Se os membros de sua casa fossem fiéis à Doutrina (não ao homem que a transmitiu sob ordens da Rainha que lhe era a professora, pois isso seria apenas a consequência, não o objetivo), fiéis ao ensinamento ali proporcionado tendo como veículo (e não como combustível) aquela bebida milagrosa, aí sim, se acenderiam na humanidade toda as luzes do aperfeiçoamento do ser humano, resultando assim em paz, em benesses do amor e da caridade, verdadeiros ensinamentos cristãos.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Esta a Santa Fé, a "crença sadia". Não uma doutrinação de almas que dependesse de uma presença material, de uma instituição humana multiplicada em diferentes fronts culturais nos cinco continentes, pois isto seria incompatível com a simplicidade e a humildade requeridos para o serviço espiritual. Já ali, no microcosmo do território acreano, quinhão ocidfental brasileiro, mostrava-se ser difícil estar regulado pelas opiniões alheias, pelas normas jurídicas e convenções sociais das autoridades e suas correspondentes instituições pautadas no "mundo de ilusão"; como poderia ser, se isto necessitasse abarcar não só a própria região berço das plantas componentes da bebida, mas também o resto do mundo onde isso se revestiria de um caráter de "exotismo", precisando ser traduzido e portanto estando sujeito a interpretações pessoais ainda mais distantes da realidade? Irineu Serra não apregoou ter uma bebida que fosse uma panacéia universal, um remédio para todos os males da humanidade, uma cura única para todas as doenças: não mentiu, não enganou, não iludiu, e sempre procurou ser fiel para com os ensinamentos a ele transmitidos diretamente pela Rainha da Floresta ou através de seus companheiros de serviço. Foi um homem coerente consigo mesmo, compreendeu seu carma e transformou-se para obter seu darma. Avatarizou-se, assim, por seus próprios méritos, unificando-seà bebida que um dia conheceu como comunhão indígena com a floresta e à qual por seu trabalho espiritual ao longo de sua vida teve a alquimia de prescrever como comunhão cristã.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">A humildade e simplicidade do Mestre presente em matéria fez com que, entretanto, em seus últimos anos de vida Irineu Serra visse com naturalidade a ingenuidade de muitos de seus seguidores em quererem arvorar-se como autoridades da nova Doutrina. De antemão sabia os que, depois de sua morte, por qualidades naturais de liderança, pretenderiam demonstrar tal autoridade em posições de chefia e poder. Em um de seus últimos hinos, disse que para estar junto ao Poder da Virgem da Conceição era preciso ter fé e amor, e não esquecer de dar sempre valor aos seus irmãos. Isso ele, o Mestre, fez: deu valor a todos que o acompanhavam, "na esperança de um dia" eles compreenderem o que lhes havia sido ensinado. Assim ele fez suas despedidas, deixando a matéria pesada pelas contingências da experiência da vida humana, e transcendeu, no sentido literal da palavra, as dimensões humanas, realizando as promessas que por muitos anos lhe foram entregues pela Mãe Divina.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Os que ficaram como seus continuadores, presos às limitações de seus aspectos humanos, viram-se às voltas com enigmas encerrados no cerne da Doutrina e que não teriam capacidade de explicar: o trono do Mestre não aceitou substitutos, e todos que ousaram pretender saber de tudo e quiseram alterar uma vírgula do que ele deixou disposto, todos estes foram penalizados, fossem boas ou más suas intenções, pois o critério fundamental de seguir semelhante Doutrina é ter fé. A Santa Fé. Ainda hoje procuramos elucidar, esclarecer alguns pontos como, por exemplo, o fato do salão de estudos do Mestre aceitar apenas os rituais por ele prescritos, sendo que todos os demais estudos religiosos que queiram ser realizados com sua presença, isto é, a comunhão do "Dai-me", são acompanhados por ele apenas se efetivados em outro ambiente pertinaz. Aos tropeços, e sob rebeldias, expandiu-se o leque dos admiradores da obra do Mestre Irineu Serra em todo o mundo, o que não deixa de possuir grande mérito, sem dúvida, mas que não condiz com sua Doutrina verdadeiramente se não estiver identificado com as normas rituais de preparo e consumo da ayahuasca por ele ensinadas, e, principalmente, com os padrões de conduta humilde e despretensiosa por ele observados. No âmbito da Fé, podemos confiar que nada nos falta, Deus obra por nós: é a leitura do evangelho de Mateus, capítulo 6 (vv. 25-34):</span><br />
<br />
<span style="color: white;">"<span style="font-style: italic;">Portanto, eis que eu vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, nem pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais do que as vestes?</span></span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">Olhai as aves do céu: não semeiam, nem ceifam, nem recolhem nos celeiros, e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas?</span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só segundo à duração de sua vida?</span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles.</span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé?</span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso.</span><br />
<span style="color: white; font-style: italic;">Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo.</span><br />
<span style="color: white;"><span style="font-style: italic;">Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado</span>".</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">A estas palavras de Jesus Cristo, acrescenta-se no evangelho de Lucas, capítulo 12, essa lembrança:</span><br />
<br />
<span style="color: white;">"<span style="font-style: italic;">Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino</span>".</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">Não cabe a nós engradecer-nos, mas sim à vontade do Pai, à bondade da Mãe. A quem muito foi dado, muito lhe será exigido. Quem se satisfaz com o que tem, a este nada irá faltar. Assim é a Santa Fé. Não tem auto-indulgência nem indolência, não tem medo nem a nada cobiça, segue simplesmente com amor o que lhe foi entregue. Irineu Serra como Mestre da Doutrina da Rainha da Floresta deixou bem claro o que queria e o que seria o compromisso de seus companheiros. Ninguém é perfeito, mas ninguém pode deixar de querer aperfeiçoar-se. Isto é o mesmo que dizer que ninguém sabe tudo, mas ninguém pode deixar de querer aprender. A fé, mesmo que seja do tamanho do menor dos grãos, é capaz de realizar milagres. O que a Doutrina professa é a mesma verdade do Cristo: é isso que viemos repetindo o tempo todo, e tudo o mais é desnecessário dizer. O que é preciso é entender, ajustar a ótica que foi distorcida por reflexos do mundo de ilusão. Se enxergarmos corretamente o tesouro que nos foi entregue, será o mundo externo que terá que ajustar seu enfoque. Assim surgirá um novo mundo, do qual estamos muitos à espera. Cabe a cada um decidir agora em que tipo de mundo almeja viver.</span></div>
Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-85187355902899784072010-03-01T14:18:00.005-03:002010-03-01T15:03:10.815-03:00"O Caderno" do irmão José Mota<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGs1YIq25o1e9PGwXJArSbm6dPxw896iNuVTQl_ocfijwh3wlhTmel6FElfVcMEABD4r5gMs_vDdK6Nzw2zrxbofgEn16BwCaFnrAADbRMlutOlnoHClzzVcW0L-WHEoWx-FPZ22cJTKQ/s1600-h/2zemota.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5443716344973590098" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 392px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGs1YIq25o1e9PGwXJArSbm6dPxw896iNuVTQl_ocfijwh3wlhTmel6FElfVcMEABD4r5gMs_vDdK6Nzw2zrxbofgEn16BwCaFnrAADbRMlutOlnoHClzzVcW0L-WHEoWx-FPZ22cJTKQ/s400/2zemota.JPG" border="0" /></a> .</div><div align="justify">José Mota é o filho homem mais novo do Padrinho Sebastião Mota de Melo. Começou a receber seu caderno de hinário ainda nos tempos em que o Cefluris se mudou para o Seringal Rio do Ouro, e o título do mesmo está relacionado com um de seus hinos que dizia que se devia cuidar para o caderno não cair no chão. Genro do Padrinho Wilson Carneiro, tem três filhos com Gecila Teixeira: Moisés, Joseana e Miracy. Foi um dos fundadores da Vila Céu do Mapiá, no Amazonas, e continua residindo lá na proximidade da família, em especial de sua mãe a Madrinha Rita a quem dedica seus cuidados. Feitor de Daime e músico, é também uma das principais vozes em defesa da manutenção da obra de seu pai como seguidor da tradição do Mestre Irineu.</div><div align="justify">.</div><div align="justify">Para baixar os hinos de "O Caderno" juntamente com o texto pronto para impressão, acessem:</div><div align="justify"><br /><div align="center"><a href="http://www.4shared.com/file/232292901/71049eb4/o_caderno_-_jos_mota.html">"O Caderno" de José Mota</a></div></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-40630662088019931512010-01-31T23:45:00.005-03:002010-01-31T23:57:20.710-03:00Regina della Pace<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh94h5cMY9gONjT840MIz30qtiHLndQdJp_FEjH8R9RPRq88aJlXM5fPSba5KrboTwIP18imx341cAvxko3he_qmG4wwrZPcFFyFhXb8dBjryFT6ueSsCubY8p6GoFMuEuzhVnDweTIQpA/s1600-h/Medjugorje+Madonna.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh94h5cMY9gONjT840MIz30qtiHLndQdJp_FEjH8R9RPRq88aJlXM5fPSba5KrboTwIP18imx341cAvxko3he_qmG4wwrZPcFFyFhXb8dBjryFT6ueSsCubY8p6GoFMuEuzhVnDweTIQpA/s400/Medjugorje+Madonna.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433103228658866226" border="0" /></a><span style="font-size:78%;"><span style="font-size:85%;">Madonna de Medjugorje, de </span><span style="font-style: italic;"><a href="http://www.timdarnell.com/pages/chip_spiritual.html"><span style="font-size:85%;">Tim Darnell</span></a><br /></span></span></div><br /><div style="text-align: justify;">"<span style="font-style: italic;">I beg you, dear children, beginning today, </span> <span style="font-style: italic;"> start to love. With a burning love, </span> <span style="font-style: italic;"> the love with which I love you</span>." (Our Lady of Medjugorje to visionaries, May 29, 1986).<br /><br />Hinos do Caderno da Casa Rainha da Paz, na cidade italiana de Assis, do gravador de Francesca.<br /></div><br /><center>Download formato wma: <a href="http://www.4shared.com/file/212710945/9a948a2d/REGINA_DELLA_PACE.html">Casa Rainha da Paz</a><br /></center>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-84086506899319727112010-01-17T12:00:00.000-03:002010-01-17T12:05:30.438-03:00O Semeador<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Zc8FJhvhunsO2RGRaI4l2YKpEsD0EO1vYuINnWUlD1KreXLkCiSv63BB-3B2jxehJpYlPLAAX_WUFSmGNPjBrRoOUISha5imlvjxTAUrsn82nTJVabc4eoAb41D5bnLfQtRRxP3MLto/s1600-h/matutu.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 354px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Zc8FJhvhunsO2RGRaI4l2YKpEsD0EO1vYuINnWUlD1KreXLkCiSv63BB-3B2jxehJpYlPLAAX_WUFSmGNPjBrRoOUISha5imlvjxTAUrsn82nTJVabc4eoAb41D5bnLfQtRRxP3MLto/s400/matutu.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5427724820567753906" border="0" /></a><span style="font-size:78%;">Busto do Padrinho Mota na Casa de Feitio do Céu do Matutu - foto: <a href="http://www.flickr.com/photos/visionshare/sets/72157607786966193/">Visionshare</a><br /></span></div><br /><div style="text-align: center;">CARTA ABERTA AO PADRINHO SEBASTIÃO MOTA<br /> POR OCASIÃO DO VIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DE SEU FALECIMENTO<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Rio Branco – Acre, 20 de janeiro de 2010<br /><br />Querido padrinho:<br /><br />Já está fazendo vinte anos que o senhor se mudou deixando o nosso convívio, e como vinha passando um chasque que poderia levar uma cartinha até aí eu resolvi escrever essas linhas, vamos ver se vai dar certo. Recordo que, uma das últimas vezes que conversamos, lá no Anajás, o senhor me disse que nunca tinha feito mal a ninguém e eu olhei dentro dos seus olhos assim bem de pertinho, porque eu mesmo estava talvez duvidando, e reparei então o azul da velhice ladeando as suas vistas, e quero dizer que agora entendo seu sofrimento, em conduzir adiante uma cristandade que em dois mil anos de existência tantos tropeços contra as palavras do Cristo veio cometendo, reencarnação após reencarnação, e ainda com a tamanha oportunidade de conhecermos a nós mesmos como a luz do Santo Daime nos dá, se faz de desconhecida e em vez de se restaurar faz é repetir as mesmas vaidades, as mesmas ilusões e os mesmos enganos. Sei, padrinho, que o senhor se sentia cansado, que lhe faltavam forças para erguer sua voz como o senhor queria e a mão já abandonara o rebenque do chiquerador por entregar a Deus que fizesse sua justiça, mas o senhor saiu desse mundo fazendo muita falta especialmente pros mais jovens e pras crianças que iam enfrentar muitas transformações no modo de viver de nossa gente, e com certeza continua nos faltando para colocar os pingos nos is e ensinar o povo que chegou, e continua chegando, a separar o joio do trigo.<br /><br />Embora o senhor tivesse em sua despedida com o padrinho Wilson Carneiro aceitado o ponto de vista do seu grande amigo e deixado claro que, quanto mais a Doutrina no centro voltasse a ser praticada nos moldes do Mestre Irineu mais estaríamos fazendo gosto ao Mestre, não foi isso o que aconteceu. A própria família de vocês parece ter esquecido como foi instruído o trabalho de Estrela, que a igreja devia ser lugar apenas dos rituais do Mestre e que outros serviços deviam ser realizados em local próprio – o povo aceitou desconsiderar isso e considerar outras novidades de acordo com o topete de cada um, talvez porque tenham passado muitas privações e por isso depois passaram a sofrer de ganância descontrolada, mas faltou juízo e por isso faltou responsabilidade para com o cuidado que cada um antes recebia com tanto carinho e dedicação dos nossos padrinhos e das nossas madrinhas que buscavam ser um exemplo para os mais novos. Como disse o Frei Damião, esse tempo de “muito chapéu para poucas cabeças” chegou, são poucos que pensam no que é bom e sabem viver com alegria, muitos em vez de se sentirem libertos pelos ensinamentos da Doutrina se sentem é acorrentados a aparências e dependências, como se nosso bom Mestre quisesse por acaso ser um senhor de escravos, como se o senhor por acaso tivesse vocação para carrasco. É tanta coisa, padrinho, tanta confusão, o roto falando do esfarrapado e muita pouca gente disposta a se despir das ilusões para receber a armadura da salvação. Pedimos e rogamos mas não sabemos alcançar, até seu nome deixam enlamear com calúnias por faltar coragem e brio para assumir as próprias mazelas e equívocos. Entre tantas cinzas porcerto hão de surgir os diamantes, é certo o que dizia o vô Corrente que o importante é que alguns conseguissem triunfar, e aos que fazem esse esforço eu peço a vocês em nome de Jesus que os fortaleçam e iluminem, protegendo-os de tanta intempérie.<br /><br />Hoje, meu padrinho, eu queria me dizer sebastianista, que sou um dos que levantam sua bandeira da paz, não que espere o antigo Rei Sebastião ressurgir das areias do deserto mas porque sou um dos que querem ver suas instruções e seus últimos pedidos considerados e obedecidos como se o senhor estivesse mesmo em carne e osso entre nós abrindo sua voz para nos alertar de cada toco de mato a desviar, de cada espinho a evitar, de cada resvalo a ter que saltar nessa trilha cotidiana que nos conduz à vida eterna. Queria, e quero: sou sebastianista, mais um filho de papai Sebastião, mais um neto, mais um sonhador a acreditar na verdade de sua fé e em tudo que ele aprendeu para ensinar. Tenho saudade, meu grande amigo, mas espero um dia chegar onde o senhor está para lhe agradecer por tudo.<br /><br />De todo coração, -<br /><br />Eduardo.</div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-90275915111699625452009-09-14T11:00:00.002-03:002010-03-24T17:53:53.632-03:00Ensaio de "O Aprendiz"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHcjB_zomiBk88J1cWdOrf65XeN_f4frmOECFbcnJl9fjh7BihHUzuRiSov5bITsnnbrsYAwpfmaaNJKUYmZaPWrl2znc3r_qe95jwK-miGwyV5ojE0YQevct86gc8OrLdn5tcEd6-JOk/s1600/cipocomMestre.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 273px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452306359373654210" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHcjB_zomiBk88J1cWdOrf65XeN_f4frmOECFbcnJl9fjh7BihHUzuRiSov5bITsnnbrsYAwpfmaaNJKUYmZaPWrl2znc3r_qe95jwK-miGwyV5ojE0YQevct86gc8OrLdn5tcEd6-JOk/s400/cipocomMestre.gif" /></a> <div style="TEXT-ALIGN: center"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqLGdkauWU39yyQbPnvaDs0cdbbTKkGC396-pkL_nl588xDfARJvIYeGhDrY2zk5Fkn3YF9zovxRsfa8xL9MayuXfC30VzcMjxIHN8jsrJlbpqyvi1zezGDk0hTipdabGe56GAd1lk78c/s1600-h/desenhoc2.gif"></a></div><div style="TEXT-ALIGN: justify">No dia 13 de novembro de 1987 cheguei na Colônia Cinco Mil, na época dirigida pelos padrinhos Wilson Carneiro e Francisco Corrente. Foi com eles que tomei o meu primeiro Daime, num aniversário na colônia do Sargento Hermínio na Estrada de Porto Acre, onde na época o tio Chiquinho fazia plantios do Projeto Daime Eterno. Foi com eles que recebi meus primeiros hinos, e com eles que fui nomeado celebrante de um casamento embora nem tivesse na época estrela ou fardamento oficial. Com eles apresentei meu hinário em várias oportunidades em ensaios dominicais da Cinco Mil, sendo que em 1989 tive a presença de passar meu caderno a limpo, em uma choupana no Seringal Anajás, aos padrinhos Sebastião e Alfredo.<br /><br />Este meu caderno, intitulado "O Pascoal", já em 1992 passava de cem hinos, e após muito estudo e depuração veio a ser concluído em 1999, excluindo alguns e acrescentando outros novos. Dedicado a ser cantado na Páscoa, no Domingo da Ressurreição em 1990, na capela da Fazenda São Sebastião, na Boca do Mapiá, recebi a instrução para que a abertura fosse com o hino 143 do Padrinho Sebastião, o que me foi devidamente autorizado pela Madrinha Rita, de modo que nas poucas vezes que tive chance de ensaiá-lo no Mapiá, foi sempre aberto com esse hino: "<span style="FONT-STYLE: italic">Eu te dei uma casa que não falta ninguém...</span>".<br /><br />Em 1994 eu deixei o Cefluris, mas continuei abrindo o hinário com esse hino do Padrinho Sebastião, como em um aniversário em que pude cantá-lo na casa do Senhor Valsírio, filho do Mestre, com a ilustre presença de Dona Cecília Gomes, sua esposa, e de Daniel Serra, Heloísa Gomes e Altina Serra. E são muitas as boas lembranças, desdobradas até a versão final cantada na Páscoa de 2004 em Cusco com o meu amigo Antarki.<br /><br />Um novo caderno de hinos foi aberto por mim em 2003, e intitulado "O Aprendiz". Coloco-o na categoria de "hinos percebidos" pois alguns deles só sobreviveram por terem sido memorizados através de gravações, o que contraria o preceito que me foi passado desde os primeiros tempos através dos ensinos dos padrinhos Wilson e Nonato: todo hino autêntico tem que ser puxado da memória por seu receptor, dentro da força do Daime, para comprovar sua efetividade. Como me ensinou a Madrinha Percília, lembrando o hino "Mensageiro", de Maria Damião, todos nós vamos um dia se apresentar ao Mestre e os trabalhos a ele mostrar, por isso precisamos estar preparados para essa apresentação e ter em nosso buquê apenas flores verdadeiras, pois as artificiais podem resultar num estorvo e num esforço inglório.<br /><br />Apresento portanto aos amigos leitores deste blog esses meus hinos (agora em gravação melhorada com o violão de George Washington e os trinares de Francisquinha), com sua abertura sendo o hino "Arco de Flores" da Madrinha Chiquinha do CECLU (Porto Velho) e seu encerramento o hino "Curumim" do "Nova Redenção" da Francisquinha que esperamos em breve publicar.<br /><br />Para baixar as wma desses hinos, cliquem em:<br /></div><br /><br /><div style="TEXT-ALIGN: center"><a href="http://www.4shared.com/file/212697961/c9348c6b/APRENDIZ.html">"O Aprendiz" - completo</a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyQV6K9v-TSM2oH57vL4eagCFaS7NT1p6C5nT7HPCPriEzeu_AD-O0uPHcHF0c3_BW79TW0suObdFn4T10E8JPUkgR8v1aTH5Jjzq6WrtOFWaQkeNhjJfdcH-_SdmGWf9xX0t_sLRUfs0/s1600-h/padweeu.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; DISPLAY: block; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5122393009921777650" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyQV6K9v-TSM2oH57vL4eagCFaS7NT1p6C5nT7HPCPriEzeu_AD-O0uPHcHF0c3_BW79TW0suObdFn4T10E8JPUkgR8v1aTH5Jjzq6WrtOFWaQkeNhjJfdcH-_SdmGWf9xX0t_sLRUfs0/s400/padweeu.gif" /></a><span style="font-size:85%;">Em 1988, na Colônia Santa Maria, Padrinho Wilson com seu secretário Eduardo Bayer</span> </div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-53476240808450027822008-05-13T15:18:00.002-03:002013-03-31T01:39:23.705-03:00"Firmado na Luz" de Sonia Palhares (recarregado)<blockquote>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bDe1Gf7PQ-58BVNKzcZDtjh8pZNrCV-fI-lmOe-Q8RWT1aK4js2jkoSXWur0G9wty11JFyQfPMlu2V6cvriGtTkDZqZpWW3aXyx1NNIVgcQ5k_jh6uI9VE-Tf_Ho-PYGRYclYox3GKU/s1600-h/Assumption_of_Mary_Magdalene_Antolinez+2.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5184034908614467074" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1bDe1Gf7PQ-58BVNKzcZDtjh8pZNrCV-fI-lmOe-Q8RWT1aK4js2jkoSXWur0G9wty11JFyQfPMlu2V6cvriGtTkDZqZpWW3aXyx1NNIVgcQ5k_jh6uI9VE-Tf_Ho-PYGRYclYox3GKU/s320/Assumption_of_Mary_Magdalene_Antolinez+2.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><span style="color: white;"> </span><br />
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<div style="text-align: center;">
<span style="color: white; font-size: 78%; font-style: italic;">Ascenção de Santa Maria Madalena - José Antolinez (1635-1675)</span></div>
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<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333300;"><span style="color: white;">Sonia Maria Palhares de Alverga nasceu no Rio de Janeiro, no dia 04 de outubro de 1949, dia de São Francisco de Assis. É casada com Alex Polari de Alverga com quem tem três filhos: Thiago, Paula e Davi, além de Joana, sua filha mais velha, fruto da sua primeira união. É avó do João, que tem agora quase dois anos, filho de Thiago e de Ana.</span><br /><span style="color: white;">Sonia é Bacharel em Literatura Brasileira pela UFRJ, Licenciada pela Faculdade de Educação da UFRJ e Pós-Graduada em Teoria da Literatura pela PUC-Rio.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333300;"><br /><span style="color: white;">Sonia conheceu o Santo Daime em junho de 1982. Sentia-se incompleta na vida, mas não tinha ligação com nenhuma tradição ou prática espiritual. Nesta época foi à Colônia 5000 – nos arredores de Rio Branco - fazer um vídeo sobre o Daime, que já despertava interesse para além das fronteiras da região norte. O Feminino Sagrado, a feminilidade, a mulher, o ventre, a terra, a fertilidade, todos estes mistérios que envolvem o tema se apresentaram a ela na sua primeira experiência com a bebida:<br /><br /><span style="color: white; font-style: italic;">“Quando entrei na igreja senti uma emoção em ver que ali estava tudo que eu vinha buscando, naquela gente simples. Quando a força do Daime chegou, me vi como nunca - eu estava em cima do planeta Terra. Essa era a consciência. Senti a vida na Terra, útero da mulher, da Mãe Divina. Do gerado, do gestado, do feminino".</span><br /><br />Em dezembro do mesmo ano, Alex foi ao Rio do Ouro, onde o Padrinho morava nesta época, e recebeu a missão de começar um núcleo em Visconde de Mauá. Começaram então a fazer os trabalhos na garagem da própria casa, lá mesmo em Mauá. Em 1984, a igreja ficou pronta e em dezembro de 1985 a família toda se mudou para uma casa mais próxima à sede e aí começou a comunidade Céu da Montanha. Nesta época moravam lá mais ou menos 70 pessoas. Havia escola, uma cozinha comunitária, um centro de pesquisa em fitoterapia, oficina de tecelagem, e um grupo de mulheres muito unidas.</span><br /><br /><span style="color: white;">No final da década, em 1989, Alex visitava o Mapiá quando o Padrinho Sebastião chamou a ele e sua família para irem morar lá. O convite foi aceito, afinal já tinham com ele laços de confiança, afeto e amizade.<br /><br /><span style="color: white; font-style: italic;">“Nós havíamos acabado de construir a nossa casa em Mauá, nem pensávamos nisso, mas respeitamos o chamado e começamos a preparação: ele mandou a gente vir duas vezes com toda a família e na terceira, de vez. Em maio de 1993, finalmente fizemos a mudança. Uma decisão difícil, os filhos adolescentes, entre 9 anos e 20, mas conseguimos boa adaptação. O Padrinho Sebastião morou em nossa casa em Mauá por um mês, isso em 1987. Foi uma experiência maravilhosa. Ele era uma pessoa muito humilde e verdadeira, que conquistava a gente por sua simplicidade e amizade. Foi esse sentimento que nos deu coragem de largar tudo e mudar para o Mapiá”.</span><br /><br />Sua ligação com Santa Madalena começou quando leu a <span style="font-style: italic;">“História de uma alma”</span>, um manuscrito de Santa Teresinha que além de ser uma autobiografia, tratava do amor de Santa Madalena ao <span style="font-style: italic;">“Esposo Divino”</span>. Depois desta leitura, num trabalho de estrela em 1986, recebeu o hino <span style="font-style: italic;">“As Forças Redentoras”</span>, consagrando sua ligação ao amor devocional de Madalena ao Cristo. Passado algum tempo, o Padrinho Alfredo ofereceu a data de 22 de julho, dia de Santa Madalena, para que cantasse seu hinário, o que ela considera que: </span></span><span style="color: white; font-style: italic;">“foi mais uma forma dele me ajudar, pois eu estava num momento difícil do meu trabalho espiritual e eu sou muito grata a ele por isso”.</span></div>
<span style="color: white;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #333300;"><span style="color: white;"><span style="font-weight: bold;">22-Forças Redentoras </span><br /><span style="font-size: 85%;">(Madrinha Cristina)</span><br /><br />Viva Deus Onipotente</span><br /><span style="color: white;">Via essa Santa Doutrina<br />Viva Santa Madalena<br />Junto com a Santa Maria<br /><br />Nossa Santa Madalena<br />Era santa pecadora<br />Junto com a Santa Maria<br />São as forças redentoras<br /><br />Pra chegar a esse Poder<br />É preciso estar puro<br />Pra dispor do aparelho<br />Os espíritos de cura<br /><br />Eu peço aos meus irmãos<br />Pra nessa casa respeitar<br />Os espíritos femininos<br />Que chegam pra se salvar<br /><br />Pecadoras arrependidas<br />Podem já se libertar<br />Que aos pés de Jesus Cristo<br />Ninguém pode atormentar</span></span></div>
<br />
<div align="center" style="text-align: justify;">
<span style="color: #333300;"><span style="color: white;">Há algum tempo Sonia vem acompanhando Alex em algumas viagens ao exterior e nos dois últimos foram aos Estados Unidos e ao Canadá, onde achou emocionante ver o esforço das pessoas em seguir a Doutrina, com todas as dificuldades, principalmente a da diferença da língua.<br /><br />Seu caderno de hinário - chamado <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">“Firmado na Luz”</span> – é composto de uma primeira parte com 39 hinos; a partir daí abre-se <span style="font-style: italic; font-weight: bold;">“A Estrela do Oriente”</span> com mais 17 hinos e há ainda uma parte final, com os hinos oferecidos por ela a partir de 1987, atualmente são 11 hinos. Além da exaltação ao Feminino Sagrado, seus hinos nos trazem o entendimento do poder da conversão ao Amor Divinal que vem senão pelo Cristo e nos lembram da importância da Firmeza e da Fé para seguir nesta batalha aqui na Terra e no Astral.<br /><br />Sua mensagem para toda a irmandade é:<br /></span></span><span style="color: white; font-style: italic; font-weight: bold;">“Ter um coração simples e seguir a Doutrina sem esmorecer, pois o tempo está forte em todo o mundo e só o amor crístico - que o Daime traz- pode nos ligar com nosso verdadeiro eu”.</span><br />
<span style="color: white;"></span><br />
<span style="color: white;">O hinário "Firmado na Luz", (título que veio do nome do hino 134 a ela presenteado no "O Cruzeirinho" do Padrinho Alfredo Gregório de Mello), é cantado todo 22 de julho no Céu do Mapiá, dia de Santa Maria Madalena. Para realizar o download deste Hinário gravado em estúdio, com a participação, entre outros, da Joana e da Tininha Cotrim, numa colaboração preciosa de Caio Lemos, clique em: </span></div>
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<a href="http://www.mediafire.com/?djhx9my51gi"><span style="margin-top: 20px;">Sonia Palhares 1 - (001 a 11) - com caderninho</span></a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?atddoomno19"><span style="margin-top: 20px;">Sonia Palhares 2 - (12 a 29)</span></a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?qkc01ygtjya"><span style="margin-top: 20px;">Sônia Palhares 3 - (30 a 49)</span></a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?3my4ggvsagd"><span style="margin-top: 20px;">Sônia Palhares 4 - (50 a 55 e "Oferecidos"de 1 a 9)</span></a><br />
<a href="http://www.mediafire.com/?ttg9lmwnyuz">Sônia Palhares 5 - ("Oferecidos" 10 a 11)</a><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: white;">Recarregado agora com as mp3 dos 2 últimos hinos da parte intitulada <span style="font-style: italic;">“Oferecidos”</span>, respectivamente os números <span style="font-style: italic;">"10-Proteção"</span> e <span style="font-style: italic;">"11-Bem Precioso</span>". Enviados pela irmã Daniella Villalta, colaboradora e co-autora deste nosso <em>post</em>. Agradecimentos carinhosos e especiais a Sonia Palhares!...</span><span style="color: #333300;"> </span></div>
Paula Gasparinihttp://www.blogger.com/profile/09646680411122815483noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-84878422268638806172008-01-27T00:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:00.190-03:00"O Convite", da Madrinha Júlia Gregório<span style="text-decoration: underline;"><br /></span><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRI_ekeMmcZOnnPdwLYYaPtYygkxBHgu49_slaSCfZ_e2S77FWbRW5OuxtdFgvBUI1zR7tgP-MyXdmYO-WEizHMyqPth3IdDns8aQ6izWlFw4U-CwrPou3hj5vv2ekEMthrY9RD2Ayr58/s1600-h/madrinhajuliagregorio.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRI_ekeMmcZOnnPdwLYYaPtYygkxBHgu49_slaSCfZ_e2S77FWbRW5OuxtdFgvBUI1zR7tgP-MyXdmYO-WEizHMyqPth3IdDns8aQ6izWlFw4U-CwrPou3hj5vv2ekEMthrY9RD2Ayr58/s400/madrinhajuliagregorio.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5159977374449723938" border="0" /></a>Júlia Gregório da Silva nasceu em Açu, no Rio Grande do Norte, em 29 de dezembro de 1933. É a irmã mais nova da Madrinha Rita Gregório de Melo, e mãe de seis filhos: Maria de Fátima (Dodô), João Batista, João Evangelista (Vanja), Maria José, Antonio José e Rita Maria.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Com a idade de oito anos partiu para o Acre com a família. Viveu durante sete anos no Juruá, Amazonas, de onde seguiu para Rio Branco, no Acre, sendo uma das primeiras moradoras da Colônia 5.000. Iniciou-se na Doutrina do Santo Daime após a passagem de seu marido, Francisco Gregório Bezerra.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Hoje a Madrinha Júlia mora na Vila Céu do Mapiá. Herdou de outra irmã, Tetê, já falecida, o gosto de ser zeladora e responsável pela Oração e pelos trabalhos da Igreja de um modo geral. Batalhadora incansável da pontualidade e da disciplina nos trabalhos espirituais, é sempre a primeira a chegar e abrir os trabalhos nas datas oficiais. É responsável pela padronização e acatamento das normas rituais da Doutrina. Viaja pelo mundo levando a todo Cefluris seu exemplo de humildade e disciplina, sempre trabalhando na Verdade e no Amor da mensagem do Padrinho Sebastião Mota. Seu hinário é um convite permanente à entrega, à confiança e à fé, requisitos indispensáveis à espiritualidade:<br /></div><br /><div style="font-style: italic; text-align: center;">"O barco chegou<br />E eu vou viajar<br />Feliz é aquele<br />Que me acompanhar<br /><br /></div><div style="font-style: italic; text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"> <span style="font-style: italic;">Minha vida é de Deus<br /></span> <span style="font-style: italic;">E eu vou me firmar</span><br /><span style="font-style: italic;">Segure o balanço<br /></span> <span style="font-style: italic;">E vamos balançar<br /><br /></span> <span style="font-style: italic;">Meu Pai me chamou<br /></span> <span style="font-style: italic;">E eu aqui estou<br /></span> <span style="font-style: italic;">Segure o balanço<br /></span> <span style="font-style: italic;">Que somos vencedores<br /><br /></span> <span style="font-style: italic;">Dou viva ao Sol<br /></span> <span style="font-style: italic;">Dou viva à Lua<br /></span> <span style="font-style: italic;">À Estrela do Oriente<br /></span> <span style="font-style: italic;">Que é o meu Jesus<br /><br /></span> <span style="font-style: italic;">Ele vem balançando</span><br /><span style="font-style: italic;">E vai balançar</span><br /><span style="font-style: italic;">Os que estiverem firmes</span><br /><span style="font-style: italic;">Estes vão ficar".</span><br /></div><br />A presente gravação foi realizada pelo Padrinho José Ricardo, da Igreja <a href="http://www.ceudodedodedeus.com/">Céu do Dedo de Deus</a>, em Teresópolis - Rio de Janeiro, e inclui os hinos ofertados à dona do hinário. Para obter o download das mp3, clique em:<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?82ozlbisi3r">Madrinha Júlia - Hinos 01 a 25</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?7rnaj21m3jb">Madrinha Júlia - Hinos 26 a 46</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?5vnzy1bvzqn">Madrinha Júlia - Hinos 47 a 61 (com caderno)</a><br /><br /></div>Colaboração: Jaime Wanner e Patrícia Rodrigues.<br /><p class="MsoPlainText"><span style=""> </span></p>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-83799793760000084882007-12-02T17:00:00.001-03:002008-12-10T17:44:00.425-03:00"A Instrução", de Lúcio Mortimer<div align="justify"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizkUpsijUvYrM4BEc3CO3odsH4kTRYUPer4pjHiKRmEmlDclKTr4zR_5hCd9xO5Qt6bnEPjtOOvj23b0AQqfrnCNqKszHIMFEoi5QNj9k-jn1hZWrFQiz-mttSoZia2vHx7ERFrGenitQ/s1600-h/padrinho_lucio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5138333431129828914" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: pointer; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizkUpsijUvYrM4BEc3CO3odsH4kTRYUPer4pjHiKRmEmlDclKTr4zR_5hCd9xO5Qt6bnEPjtOOvj23b0AQqfrnCNqKszHIMFEoi5QNj9k-jn1hZWrFQiz-mttSoZia2vHx7ERFrGenitQ/s400/padrinho_lucio.jpg" border="0" /></a><br /><div style="TEXT-ALIGN: justify">Lúcio Otávio Mortimer foi um dos primeiros mochileiros e hippies que conheceram o Daime e resolveram morar com o Padrinho no tempo da Colônia Cinco Mil, ainda na década de 70. Chegou à Colônia Cinco Mil, em 1975, pouco antes da ida do Padrinho Sebastião ao Rio do Ouro. Era considerado o Padre da comunidade, porque, tendo sido seminarista, era ele quem celebrava os casamentos e batizava as crianças no Cefluris, em substituição ao antigo secretário (que se tornou evangélico), o senhor Reinaldo Bento. Solteiro permaneceu ele por muito tempo, até o encontro com a Maria Eugênia, fardada do Céu da Montanha, com quem já no final da vida se uniu em <a href="http://www.santodaime.org/comunidade/noticias/22_04lucio.htm">matrimônio</a> na igreja Flor de Jagube. Lúcio fez parte do grupo pioneiro do Céu do Mapiá, e durante muitos anos foi o responsável pela venda da borracha e a compra da feira que abastecia a comunidade. Muito ativo e participativo na <a href="http://www.ceudasantamaria.org/homepage/santo%20daime/lucio/lucio.htm">comunidade mapiense</a>, criou a <a href="http://www.radiojagube.org/content/view/26/1/">Rádio Jagube</a>, foi membro do Conselho Doutrinário e presidente da Associação dos Moradores da Vila Céu do Mapiá, em dois mandatos. Lúcio fez sua passagem em 11 de junho de 2002, deixando a todos muitas <a href="http://www.santodaime.org/comunidade/noticias/lucio_mensagens.htm">saudades</a>.<br /></div><br /><div style="TEXT-ALIGN: justify">Edward MacRae, no ensaio “Santo Daime e Santa Maria – usos religiosos de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas”, em “<a href="http://www.neip.info/resenha_planta.htm">O uso ritual das plantas de poder</a>”, conta que, logo quando de sua chegada à Cinco Mil em 1975, “<span style="FONT-STYLE: italic">(...) Lúcio Mortimer, um dos jovens usuários de cannabis, foi tomado de uma necessidade irrefreável de confessar o seu segredo, tendo até de sair do salão ‘para respirar’. De acordo com seu próprio relato, no dia seguinte procurou o Padrinho Sebastião e contou-lhe tudo, mostrando-lhe também um caixote onde havia mudas de Cannabis plantadas. Mas este, longe de se zangar, disse-lhe ter tido, algum tempo antes, um sonho no qual um estranho cavaleiro, cavalgando uma montaria branca e usando uma capa preta, anunciara que brevemente ele iria mudar para outra linha espiritual. Quando Padrinho Sebastião perguntou-lhe ‘Que linha?’, a resposta foi que ele descobriria por si mesmo. Padrinho Sebastião continuou a caminhar, chegando a um roçado que era cuidado por um homem moreno vestido de branco, o qual lhe entregou um galho de uma planta, dizendo ‘esta é para curar’. Padrinho Sebastião disse que ao receber a oferta acordou, mas que ao ver a plantinha que Lúcio lhe mostrava, lembrou do sonho e ficara com vontade de cultivá-la para fazer a comparação (...) Como entre os hippies havia três chilenos que costumavam chamar a planta de marihuana, e provavelmente, segundo os costumes dos falantes de espanhol, mais simplesmente de ‘Maria’, esta passou a ser conhecida por Santa Maria” e, com o correr do tempo, a parecer ter papel específico na doutrina daimista, já que o tinha na dissidência, e com destaque, à busca de legitimação do seu uso ritual.</span>"<br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />Havendo sido testemunha histórica dos primórdios do Cefluris, Lúcio se tornou um referencial importante para os novos irmãos que começaram a acorrer de outras partes do Brasil para o culto do Santo Daime no Acre, propiciando através de sua formação intelectual clássica uma necessária interface entre o "modus vivendi" acreano e o "modus vivendi" dos "sulistas", onde explicava a uns e aos outros a melhor conduta para esse contato intercultural. Nesse sentido, sempre manifestou apoio à proposta de ritualização da Santa-Maria, mesmo quando o próprio Padrinho Sebastião categorizou isso como utopia social e manifestou abrir mão dessa bandeira devido à falta de obediência de seus seguidores em relação ao procedimento por ele idealizado quanto ao uso da planta. Citando depoimentos de Mortimer em "<a href="http://www.neip.info/downloads/t_san2.pdf">A construção de fronteiras religiosas através do consumo de um psicoativo: as religiões da ayahuasca e o tema das drogas</a>", Sandra Lúcia Goulart explica o uso idealizado da chamada Santa-Maria enquanto acréscimo à Doutrina do Daime:<br /><br />"Concebida como uma planta divina, ela foi associada à própria Virgem cristã, passando a ser designada, pelos adeptos deste grupo, como Santa Maria. Portanto, a adoção desta nova substância no conjunto ritual das igrejas do CEFLURIS, trouxe também importantes inovações à cosmologia original da linha daimista. Assim, nesta última o chá do daime é relacionado à energia espiritual de Cristo, enquanto nos grupos do CEFLURIS a associação Daime-Cristo combina-se à associação, quase tão relevante quanto a primeira, Erva de Santa Maria-Virgem Maria. (...) Assim, embora um grupo possa considerar-se mais autêntico, mais ordenado ou mais evoluído porque não utiliza a <span style="FONT-STYLE: italic">Cannabis sativa</span>, outro grupo que fez ou defende o uso da Cannabis pode entender que suas crenças e práticas rituais são mais evoluídas exatamente devido a este uso. Enquanto alguns grupos procuram evitar ser associados a um contexto de uso de drogas profanas e ilícitas ao recusarem o consumo da Cannabis sativa, outros tentam eliminar esta associação ao sacralizarem esta planta. No CEFLURIS, a <span style="FONT-STYLE: italic">Cannabis sativa</span> passou a ser Santa Maria e o usuário desta substância não era um “maconheiro” e muito menos um “drogado”, mas um “mariano”, em referência à ordem católica da Virgem Maria. De qualquer modo, num caso e no outro, o que percebemos é que o consumo (ou não) da <span style="FONT-STYLE: italic">Cannabis sativa</span> transforma-se numa espécie de mecanismo capaz de reelaborar crenças, concepções doutrinárias e práticas rituais. "<br /><br />Lúcio supervisionou muitas das igrejas e núcleos do Daime surgidos em outras partes do Brasil, no decorrer dos anos 80 e especialmente depois do falecimento do Padrinho Sebastião de quem sempre fora companheiro para toda obra. Tardiamente é que Lúcio Mortimer veio a lançar dois livros sobre a obra de Sebastião Mota de Melo e do Mestre Irineu: "Bença, Padrinho" (São Paulo, Edição: Céu de Maria, 2000), e "Nosso Senhor Aparecido na Floresta", (São Paulo, Edição:Céu de Maria, 2001). Quando da criação do IDA-Cefluris, Lúcio Mortimer ao tornar-se o primeiro presidente da instituição <a href="http://www.xamanismo.com.br/Lua/SubLua1185897462It002">declarou</a> os princípios éticos que herdou do Padrinho Mota:<br /><br />"Vivendo harmoniosamente se pode usufruir o que a floresta oferece à sobrevivência. Pode-se derrubar uma árvore e preservar todo o ecossistema. Esta deve ser a nossa realidade: saber conviver com a riqueza que Deus nos oferece. Nunca ser uma pessoa nociva, gananciosa, destruidora. "Bem-aventurado os humildes de espírito porque deles é o reino dos céus. Bem aventurados os mansos porque herdarão a Terra". Assim disse Jesus. Confio nesta irmandade e vejo que tem muita gente que merece este título. São os que buscam viver na grande harmonia universal, não perseguindo nem prejudicando a seus semelhantes, não poluindo nem maltratando a natureza."<br /><br />Segundo Maria Eugênia, Lúcio em seus últimos momentos apresentava uma aura santificada - pedia que ela o olhasse bem, que o tocassse, pois ali diante dela estava alguém que tinha alcançado o triunfo maior, nome do seu hino de despedida:<br /><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: center">TRIUNFO MAIOR<br /><br />Posso cantar alegrias da vida<br />A certeza de ser um filho estimado<br />Agradeço a São João, meu mestre querido<br />Que bom ter ouvido o seu chamado<br /><br />Sigo contente, Jesus vai comigo<br />Do meu coração é o melhor amigo<br />Sou filho da terra, nela pequei<br />Na Santa doutrina me iluminei<br /><br />Todo louvor na Soberania<br />Que a nossa Rainha é quem nos guia<br />Triunfo maior vai no coração<br />De quem quer ouvir e seguir a Instrução<br /><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="center">O hinário "A Instrução", de Lúcio Mortimer (título que veio do nome do hino a ele presenteado na "Nova Jerusalém" do Padrinho), costumava abrir os trabalhos da Festa de São Miguel, antecedendo o "Caboclo Guerreiro". Para se obter o download deste hinário, numa colaboração de Paula Gasparini, clique em:<br /><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="center"></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><a href="http://www.mediafire.com/?5xmdsuwvybc">Hinário de Lúcio Mortimer - hinos 01 a 14</a><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: center"><a href="http://www.mediafire.com/?2n6yt2qotgm">Hinário de Lúcio Mortimer - hinos 15 a 27</a></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"><div style="TEXT-ALIGN: center"><a href="http://www.mediafire.com/?0dmfm110mmu">Hinário de Lúcio Mortimer - hinos 28 a 37</a><br /></div><br /></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="center"></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify">PARA ASSISTIR: <a href="http://videolog.uol.com.ar/video?174577">Vila Mapiá</a> - Série de 12 videos streams contendo cenas e depoimentos de Lúcio Mortimer sobre a Doutrina do Santo Daime e ao Céu do Mapiá. Imagens: Oswaldo Carvalho / Edição: <a href="http://videolog.uol.com.ar/Pedrocolis">Pedro Marques</a> </div><div style="TEXT-ALIGN: justify" align="justify"></div></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-20231079276202544102007-11-28T00:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:00.609-03:00"Lua Branca" (recarregado)<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBzEaIubArSpADCK0l5ErsRUhS6YXzTEXX7m5il4u3qZt2LG4l0Qkb0Pj5KlPHz61xKQFQLVtB7jYsAFj5kPqbcusIsPJ9AgcCgURivl4GG9zWctDAkK3CAKUoOFVYFX3cfs0gMZJKoBQ/s1600-h/IMG_4310_edited.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBzEaIubArSpADCK0l5ErsRUhS6YXzTEXX7m5il4u3qZt2LG4l0Qkb0Pj5KlPHz61xKQFQLVtB7jYsAFj5kPqbcusIsPJ9AgcCgURivl4GG9zWctDAkK3CAKUoOFVYFX3cfs0gMZJKoBQ/s400/IMG_4310_edited.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5092374178360326706" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Madrinha Rita na varanda de sua casa na Vila Céu do Mapiá</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Em junho de 2005, por ocasião dos festejos dos 80 anos da Madrinha Rita, viúva do Padrinho Sebastião Mota, foi lançada a Revista Virtual "Arca da União" com a devida homenagem realizada por seu conterrâneo potiguar <a href="http://arcadauniao.org/artigo.php?idEdicao=6&idArtigo=30">Francisco Nóbrega</a>:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"(...) Madrinha Rita Gregório nasceu em 25 de junho de 1925, filha de Idalino Gregório e Maria Francisca das Chagas, num sítio da Várzea do Açu, no Estado do Rio Grande do Norte. Lá também nasceram os seus irmãos Francisco Gregório, Joana, Manuel, Luísa, Teresa, Júlia e João Batista.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Entre os anos 20 e 40 do séc.XX, esses Antunes Gregório moravam numa propriedade dos Camilos, donos da famosa Fazenda Alemão na Várzea do Açu. Igual a grande maioria dos nordestinos desse tempo, eles não tinham terra própria, nem gado, nem destaque de vaqueiro.</span> <span style="font-style: italic;">Como padrinhos da primogênita Rita, os pais tomam o casal Julião Camilo e esposa. Já o filho Manuel tomou como padrinho Manuelzinho Montenegro, uma das maiores lideranças.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />A Várzea do Açu é hoje muito diferente do tempo em que nasceu e cresceu a família de Rita Gregório, na primeira metade do séc. XX. Naquele tempo não havia a barragem no Rio Açu, uma das maiores do Nordeste brasileiro, inaugurada em 1983, no último governo militar, onde hoje se desenvolve a agroindústria frutífera de exportação, a indústria cerâmica (telha e tijolo), ambas com grande impacto ambiental e menos no desenvolvimento social. Além disso, assim como a Várzea do Açu, o território norte-rio-grandense se tornou uma das maiores bases de extração petrolífera continental da Petrobrás.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Mas o Rio Açu, antes da inauguração da barragem, não era só bonança de fertilidade de solo. Provocava enchentes, destruições, inundando lavouras, afugentando as populações ribeirinhas, rebanhos, soterrando povoados. Em meados dos anos 20, quando nasceu Rita Gregório, a pecuária bovina ainda tinha forte presença naquela várzea. Os ricos fazendeiros e vaqueiros eram os personagens varzeanos mais destacados.</span> <span style="font-style: italic;">A carnaúba (</span><span>Copernica cerifera</span><span style="font-style: italic;">, Mart.) também tinha grande importância econômica nesse tempo. Palmeira nativa do Nordeste, chamada a “árvore da vida”, sua cera tinha largo uso industrial, a palha e talo serviam para fazer a casa, o mobiliário e utensílios da casa do sertanejo. Ainda serve para fazer esteira, bolsa, chapéu, urupema, vassoura e outros utensílios. A sua madeira serve à construção civil, de móveis, currais, cercados, pontes, tubos e bomba d’água.</span> <span style="font-style: italic;">Seu Idalino Gregório arrendava o carnaubal miúdo. Saía cortando, estendendo a palha para secar, tirava o pó, fazia a cera. Os seus filhos e filhas, inclusive a Rita, também ajudavam nesse serviço de coleta. Atualmente, sem mais prestígio econômico, a carnaubeira está sendo ameaçada de desmatamento total na Várzea do Açu, para dar lugar as novas frentes agrícolas, principalmente a fruticultura de exportação.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Se bem chovia, plantavam-se roçados de feijão, milho, jerimum, melancia, a safra dividida, de “meia”, com o patrão, os Camilos. Seu Idalino colhia os seus roçados e ainda trabalhava “alugado” apanhando a safra nos roçado dos vizinhos. Safras de castanha de caju, de algodão, no corte da palha de carnaúba e até na salina na salina, onde o seu filho Manuel trabalhou de cuca (cozinheiro) na salina. Eles também pescavam nas camboas e no mar, e caçavam com cachorro pelos tabuleiros caatinga adentro a pegarem preá, punaré, tejo, peba, marical.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Nos primeiros anos da década de 40, os últimos anos que a família de seu Idalino e Maria Francisca das Chagas viveu na Várzea do Açu, foram anos de secas brabas, o que mais motivou a migração nordestina para o “Amazona”.</span> <span style="font-style: italic;">Na década de 30 aconteceram alguns fatos políticos marcantes no Rio Grande do Norte e no Brasil, dos quais certamente o povo de seu Idalino Antunes Gregório e dona Maria Francisca das Chagas, os pais da mocinha Rita Gregório, ouviram falar muito: o assassinato do presidente (governador) paraibano João Pessoa, a ascensão de Getúlio Vargas, o movimento comunista da tomada de Natal, a morte de Lampião e a 2ª Grande Guerra Mundial. Com a guerra houve a perda dos seringais da Malásia, que supriam de borracha os aliados, e a única fonte de abastecimento situava-se na Amazônia.</span> <span style="font-style: italic;">Tais fatos iriam mudar a vida desses Gregórios para sempre, e a de dezenas de milhares de nordestinos, que iriam para a Amazônia, convocados para a “batalha da borracha”.<br /><br />Pelos sertões afora só se ouvia falar de quanto se enricava na borracha.</span> <span style="font-style: italic;">De abril a agosto de 1943, mais de 4 mil nordestinos entraram em Manaus. Muitos não iam para o interior, desencantados no fracasso da “batalha da borracha”, ficavam ali mesmo iniciando o processo de favelização da capital amazonense, e popularizando o imigrante nordestino chamado “arigó”, que a crônica policial mais ajudou a espalhar a sua má fama.</span> <span style="font-style: italic;">Em 1944 apareceu um agenciador de imigrantes na Várzea do Açu, onde morava a jovem Rita Gregório, seus pais e irmãos. O homem ganhava por cabeça convocando o povo para ir para a borracha.</span> <span style="font-style: italic;">Conta-se que a jovem Rita, então com dezenove anos de idade, era uma alegria só com a decisão familiar de ir para a Amazônia: “</span><span>Vamos s’embora minha gente, lá é que é a terra para se ganhar dinheiro</span><span style="font-style: italic;">”.</span> <span style="font-style: italic;">Partiram do sítio Saco, num caminhão tipo pau-de-arara, às onze horas do dia 28 de abril de 1944. É natural que tenha havido lágrima de despedida, mas é certo que houve maior euforia dessa família de seu Idalino Gregório amontoada em bancos atravessados à carroceria do caminhão, coberto de lona, chamado pau-de-arara.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />A viagem marítima de Fortaleza a Manaus, previa-se durar quatro dias. O navio a vapor singrou as águas atlânticas em procura de Manaus, apinhado de imigrantes “soldados da borracha”, muitos deles levando suas famílias. O navio ia sendo comboiado por outros militares, pois havia o perigo de torpedeamento nazista.</span> <span style="font-style: italic;">Depois de Belém, o navio seguiu viagem no grande Amazonas. Quando desembarcaram em Manaus, fazia três dias que tinha saído um navio “gaiola” para Rio Branco, no Acre, para onde seu Idalino pensara ir.</span> <span style="font-style: italic;">Um irmão menor de Rita, chamado João Batista, enfermo, fraco, debilitado da viagem de semanas, não resiste, morrendo ali mesmo em Manaus. A mãe Maria Francisca das Chagas, aflita, depois que sepultou o filho disse que não ficaria mais um dia sequer na cidade. Foi então que chegou um seringalista do Alto Juruá, atrás de cinco famílias para levar para lá. Os filhos de seu Idalino combinaram com o velho, e transferiram o projeto de viagem, que era de ir para Rio Branco, para o Rio Juruá.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Saíram de Manaus em julho e chegaram em agosto de 1944 no destino final da viagem: Eirunepé. O jovem Sebastião Mota de Melo morava num seringal vizinho ao local onde a família de seu Idalino se instalou. Quando o rapaz viu aquela imigrante nordestina de rosto redondo e alegre, não teve dúvida. Era ela a moça para se casar que ele tinha visto em sonho.</span> <span style="font-style: italic;">Sebastião e Rita casaram-se no final dos anos 40.<br /><br />No período de sete anos que essa família viveu no Juruá, nasceram os primeiros filhos do casal: Waldete, o primogênito, e Walfredo (hoje o Padrinho Alfredo, sucessor de seu pai no comando do CEFLURIS). Em 1951, o velho Idalino mudou-se para Rio Branco, Acre, com a esposa e filhos, entre os quais Rita e seu esposo Sebastião com os filhos (além dos dois mais velhos, tiveram também Maria das Neves, Iracema, Pedro, Ivanildo, Isabel, José, Raimunda Nonata e Marlene). Estabelecendo-se na Colônia Santa Maria, parte da chamada “Colônia Cinco Mil”, próxima a Estrada de Porto Acre, viviam todos como vizinhos, dedicados à lavoura e à pecuária, mas também trabalhando espiritualmente.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Em meados dos anos 60, Sebastião Mota de Mello conheceu o Santo Daime sendo curado pelo Mestre Raimundo Irineu Serra. Começou então a sua iniciação e de sua família na Doutrina do Santo Daime, e Sebastião Mota tornou-se “feitor” (preparador da bebida), dando seqüência a seus trabalhos de cura: em 1974, fundou-se o CEFLURIS sob a liderança natural do Padrinho Sebastião, e desse modo os Gregório de Mello vieram a constituir o verdadeiro clã daimista que temos hoje. (...)"</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">O hinário da Madrinha Rita foi intitulado "Lua Branca" por conta de um dos seus mais belos hinos, e esse bonito título fez jus à simbiose efetivada entre a mulher Madrinha, sua figura de Grande Mãe e Matriarca, representante da Rainha da Floresta à frente da Divisão Cefluris, e a Lua Branca que sinalizou a presença divina da professora do Mestre Irineu no advento da Doutrina. Conta-se que a Madrinha, quando era mais conhecida como "Dona Rita", nos tempos da Cinco Mil, sempre foi tão humilde e tinha uma presença tão discreta ao lado do Padrinho Sebastião que poucos se davam conta de seu valor espiritual. Foi a partir da criação dos núcleos daimistas no sudeste brasileiro que sua pessoa começou a ser mais reverenciada, e quando o "Céu da Montanha", em Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, a nomeou como patrona, já era conhecida por todos como a doce "Madrinha Rita". Após o falecimento de seu amado esposo, ela assumiu a responsabilidade de representar o pensamento do Padrinho, passou a ter um cargo honorário na presidência do Cefluris, e certamente apenas com sua generosa presença ajudou a fortalecer o seguimento do Centro sob o comando de seus filhos os padrinhos Alfredo e Waldete, reinvidicando sempre uma maior união da irmandade.<br /><br />Seu caderno de hinário resume-se a 25 hinos por ela recebidos, todos de muita força, o último dos quais nos primeiros tempos do <a href="http://www2.uol.com.br/pagina20/1janeiro20003/site/19012003/especial.htm">Mapiá</a>. Além destes, vários hinos a ela dedicados por seus admiradores compõem um adendo que nos proporciona uma bela visão da trajetória desse Povo de Juramidam liderado por Sebastião Mota Brasil afora. Ela não tem mais querido incluir novos presentes neste caderno para não criar um trabalho a mais para as cantoras do Centro, e como no Dia das Mães seu hinário é cantado oficialmente no Cefluris seguido dos hinários de sua irmã Júlia e de sua cunhada Cristina, estes "presentes da Madrinha" se encontram pouco conhecidos ou "cultivados".<br /><a href="http://www.mediafire.com/?ddtmtyvatxc"></a><br /><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;">Tivemos problemas com alguns de nossos links, devido ao host gratuito bloquear arquivos muito requisitados, e contamos com a paciência de nossos leitores para que esses links obsoletos venham a ser repostos. Republicamos este post para veicular agora a gravação do "Lua Branca" realizada na <a href="http://www.radiojagube.org/">Rádio Jagube</a> a 20 de agosto de 2006, com o Padrinho Alfredo e equipe (Rutilene, Gecila, Maria Alice, Roberval, Francisco e Irineu): uma gentileza de Paula Gasparini. Anexamos os hinos presenteados, numerando-os na seqüência do "Lua Branca" pois eventualmente podem ser cantados assim conjuntamente, mas ainda nos faltam no momento letras e cifras destes, e nestes arquivos indicamos apenas cada respectiva autoria. A gravação dos presentes foi realizada no salão da Igreja-Matriz do Céu do Mapiá, havendo nos sido enviada pelo amigo Jaime Wanner.</div><br /><a href="http://www.mediafire.com/?8ieyzte12yb">Lua Branca - Madrinha Rita (hinos do 01 ao 13)</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?135pamtlrky">Lua Branca - Madrinha Rita (hinos do 14 ao 25) </a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?6gicvdyx0bm">Presentes da Madrinha Rita (hinos do 26 ao 50)</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?ddtmtyvatxc">Presentes da Madrinha Rita (hinos do 51 ao 68)</a><br /><br /></div></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-85173561363432779382007-11-14T09:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:00.995-03:00"Os Chamados"<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpEWiCcEhfsVv_i1V2koa1o0GJnXDhphF8NhZvGmOJGBQCYC2n5BQRlbvupQRahY7Ks6-WtXpQsWzWx957OR20cp-agV5BV6QKb_CZALNuhpxbhyphenhyphen30gtRKTIC2bIrOIpZ4k-E-izd_gU/s1600-h/conselheiro_05.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilpEWiCcEhfsVv_i1V2koa1o0GJnXDhphF8NhZvGmOJGBQCYC2n5BQRlbvupQRahY7Ks6-WtXpQsWzWx957OR20cp-agV5BV6QKb_CZALNuhpxbhyphenhyphen30gtRKTIC2bIrOIpZ4k-E-izd_gU/s400/conselheiro_05.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132672833433196786" border="0" /></a>"Eu não me envergonho, pelo contrário, muito me honro de dizer aqui, na presença de qualquer autoridade, na presença de qualquer público, que eu devo ao Mestre Irineu, aos seus ensinamentos, a esta casa, tudo, até a própria existência. A razão de hoje eu ainda viver, eu devo a ele. Tenho certeza absoluta que se ele não tivesse tido compaixão e não tivesse me encaminhado para encontrar uma coisa dessa, eu já teria morrido há muito tempo. (...) [<span style="font-style: italic;">O Mestre era</span>] Também uma pessoa com uma facilidade extrema de comunicação, de fazer amizade: porque era muito educado, o nosso Mestre... Com a mesma atenção que ele dispensava à mais alta autoridade, era com essa mesma atenção que ele tratava o mais humilde também. O Mestre era formado assim dessa natureza. E conversava muito. Às vezes ele estava até assim um tanto fechado, mas ele só queria que alguém por ali contasse qualquer assunto, que ele tomava conta e conversava tardes inteiras. Às vezes a gente se esquecia até de que tinha casa, e quando se lembrava: "Valha-me Deus, tenho que ir para casa." Já horas tantas da noite, ouvindo o Mestre conversar. Ele conversava muito.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Quanto ao aperfeiçoamento propriamente dito dessa doutrina, este se deve única e exclusivamente a ele. Ele pegou essa bebida, como a gente já falou, lá na sua origem, tida como uma coisa grosseira, de qualquer jeito, sabe-se lá como, e tinha até a forma como eles usavam. Aí foi quando ele prometeu que se fosse uma coisa boa ele traria para o Brasil. Trouxe e foi aperfeiçoar, até dar esta denominação: Santo Daime, ou Daime simplesmente. Foi o nosso Mestre quem batizou. O cipó, que tinha diversas denominações, ele batizou como jagube; a folha, que também recebe outras denominações, ele batizou como rainha – que coisa bela! E finalmente foi o responsável assim diretamente para que isso se aperfeiçoasse ao ponto de justamente chegar no que estamos chegando, até cheios de gratidão por realmente ele ter deixado nas nossas mãos um trabalho, uma bebida que tem respaldo nas leis dos homens, desde quando ela foi liberada.<br /><br />E apesar da gente ainda sofrer muita discriminação – e isso talvez não vá ter a condição de faltar nunca, essa discriminação, até pela incredulidade do mundo profano – a gente já não tem tanto subterfúgio. Eu não sei se mais gente está até procurando esconder, eu não tenho em particular o que esconder. "<span style="font-style: italic;">Você toma Daime?</span>" "<span style="font-style: italic;">Tomo</span>." "<span style="font-style: italic;">Mas rapaz, e finalmente qual é o sentido?</span> "<span style="font-style: italic;">Rapaz, é tão difícil de explicar, mas é tão difícil que por mais que eu queira explicar, no final tu não vai acreditar mesmo... Assim tu tem que tomar.</span>" É a saída, não tem outra saída a não ser assim. "<span style="font-style: italic;">Por mais que eu vá tentar dar uma explicação, não tendo nem essa explicação diante de tanto mistério, mas por mais que eu tente, você não vai acreditar. Ao contrário você pode até ir desdenhar. Então vai, rapaz, está lá. Convidar ninguém convida. Não vai esperar que você vai ser convidado. Agora, se procurar tem, vai lá, rapaz, vai lá</span>." É como a gente se sai, não é? Porque o Mestre é que se portava assim dessa maneira. Alguém podia morar há cem, duzentos anos com outra pessoa, dividindo a mesma cama, comendo no mesmo prato e até com a mesma colher, mas caducava, ficava velho e não chegava ao ponto de convidá-la. Convidam-se sim para uma determinada festa seus amigos, seus parentes etc. e tal, mas apenas para participar das festividades. Na hora de ingerir aí é livre e espontâneo."<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Esse depoimento do Padrinho Luiz Mendes, disponível no site do <a href="http://www.mestreirineu.org/luiz.htm">Ciclumig</a>, ilustra bem a sua filosofia de vida e a postura fidedigna que se espera dos verdadeiros discípulos do Mestre Irineu. Recomendamos a visita também ao site do <a href="http://www.luizmendes.org/luiz.htm">Cefli</a>, onde os leitores poderão conhecer um pouco mais sobre a vida e obra do Mestre-Conselheiro Luiz Mendes do Nascimento.<br /><br />Os hinos que temos agora a felicidade de poder disponibilizar aqui compõem o caderno de Trabalho de Cura do Padrinho Luiz Mendes, intitulado "Os Chamados". Assim como o Padrinho Sebastião Mota tinha seu caderno próprio de hinos de cura e o Padrinho Wilson Carneiro o seu, o Padrinho Luiz Mendes desde os tempos em que presidia o Ciclu no bairro Irineu Serra possuía um caderno próprio, ao qual com o tempo acrescentou outros hinos até chegar a este formato. O trabalho de cura "Os Chamados" faz inclusive parte da programação do "Encontro para o Novo Horizonte" que anualmente é realizado na virada do ano no Seringal Fortaleza, em Vila Capixaba - Acre, sede do Cefli, aproveitando a ocasião do Ano Novo e da festa de aniversário do Padrinho Luiz que, sendo a 4 de janeiro, antecede o festejo dos Santos Reis.<br /><br />A respeito pode-se ler o artigo "<a href="http://arcadauniao.org/artigo.php?idEdicao=15&idArtigo=202">Ciberativismo Transnacional: o Santo Daime e a Preservação da Amazônia</a>", de Débora de Carvalho Pereira Gabrich, e também "<a href="http://arcadauniao.org/artigo.php?idEdicao=9&idArtigo=47">Luiz Mendes: Porta-Voz do Mestre e Embaixador da União</a>", de Marcelo Bolshaw Gomes, publicados na revista A Arca da União. O Cefli promete em breve estar disponibilizando a programação do próximo Encontro, e agradecemos aos irmãos de Santa Luzia (MG) a possibilidade de veicularmos essas gravações mp3 cujos originais foram registrados em estúdio, e fazem parte dos cds à venda no site do <a href="http://www.mestreirineu.org/">Ciclumig</a>, como os hinários "O Centenário" e "Novo Horizonte" do Padrinho Luiz Mendes.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDqYEMbdeots1BntyPW_3P5Ur-sZrW9opwcBPyrioxvjNEpUeOCPvH4dtQbEyOgYWK0BllLqQ6ccFFvjyPiotTfLzFHhlwJ8VOSGnZPLH0MGrST9r6gNhuq1vxDMAgX2XclHk0SgL92Y0/s1600-h/conselheiromesa.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDqYEMbdeots1BntyPW_3P5Ur-sZrW9opwcBPyrioxvjNEpUeOCPvH4dtQbEyOgYWK0BllLqQ6ccFFvjyPiotTfLzFHhlwJ8VOSGnZPLH0MGrST9r6gNhuq1vxDMAgX2XclHk0SgL92Y0/s400/conselheiromesa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5132672829138229474" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Para obter o download dos arquivos zip contendo as mp3 deste trabalho de cura, cliquem em:<br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.uniaoestrelaguia.com.br/chamados_1.zip">http://www.uniaoestrelaguia.com.br/chamados_1.zip</a><br /><a href="http://www.uniaoestrelaguia.com.br/chamados_2.zip">http://www.uniaoestrelaguia.com.br/chamados_2.zip</a><br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Colaboração: Marcus Mantovanelli<br /></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-1880521432777224482007-11-07T12:43:00.000-03:002008-12-10T17:44:01.284-03:00Hinário da Irmã Isabela<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRrCTQrR-4Id_Wt_ASX3fSBs44FvIiFE8-1GeGTyiPgAE1dnNrsnOeOohjOi6QwoYaJ7q_EwiQ6X6sRx-EsZIOrhMhl4xsAkGd2OXsKP9FBUBgjDlFN_nLhhGQ4sDwJWoNfTWYVOFmcBM/s1600-h/Nossa+Senhora+da+Conceicao+2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 212px; height: 458px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRrCTQrR-4Id_Wt_ASX3fSBs44FvIiFE8-1GeGTyiPgAE1dnNrsnOeOohjOi6QwoYaJ7q_EwiQ6X6sRx-EsZIOrhMhl4xsAkGd2OXsKP9FBUBgjDlFN_nLhhGQ4sDwJWoNfTWYVOFmcBM/s400/Nossa+Senhora+da+Conceicao+2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130173847753107586" border="0" /></a>Eu estava lá no Céu do Mar, quando fizeram um bolo pro Padrinho Paulo Roberto e pra Madrinha Nonata, na véspera de sua viagem onde pela primeira vez levavam o Daime para os Estados Unidos da América, e quem assumiu o comando da igreja era o casal Paulo e Isabela Coutinho. Também presenciei o momento histórico quando da morte de Chico Mendes os ativistas foram se manifestar diante da Assembléia na Cinelândia, e Paulo e Isabela puxaram uns hinos da floresta representando ali no Rio de Janeiro a Doutrina do Santo Daime, nós estávamos com o Sidney Harz e o Danilo, de farda azul, e foi bonito.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Era muito tocante e bonito o engajamento também ecológico dos primeiros irmãos que se somaram ali na Estrada das Canoas, pois isso ressaltava muito os aspectos fraternos inerentes à Doutrina cristã do Mestre Irineu. Eu passei um tempo muito bom lá nessa época de 1988 e por isso sempre fiquei considerando o Céu do Mar como "meu quartel" no Rio. Mas cada irmão tomou seu caminho, chegando-se mais pras montanhas do Rio de Janeiro, como no Céu do Dedo de Deus, onde a Madrinha Júlia tem uma base forte e também a Madrinha Isabela.<br /></div><br />O hinário da Madrinha Isabela faz parte da "caixinha de música" de todas as madrinhas do Mapiá, de quem é filha estimosa e muito amada. Para obter o download das mp3 , clique em:<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?0xm2zgo4y2y">Hinário da Madrinha Isabela - Parte 1</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?8mz2sjyo9nd">Hinário da Madrinha Isabela - Parte 2</a><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">O depoimento é do Bayer e a colaboração é de Caio Lemos & Paula Gasparini, sempre sempre esmerosos com nossos Cadernos.<br /></div><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzZa6Mhjjg6QuGn6gElifIJ9KaTyJXPWkvuW8PT5N4F9os7HJ16T5br2Y__w_XGuoaTLQQzW1C4jxcx0qrUSEDhujD7EOUPPtwvoaB4G2rJWEib2_ac4TrTQpbYzghGQTvdwS62P2OaSc/s1600-h/SGabriell.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzZa6Mhjjg6QuGn6gElifIJ9KaTyJXPWkvuW8PT5N4F9os7HJ16T5br2Y__w_XGuoaTLQQzW1C4jxcx0qrUSEDhujD7EOUPPtwvoaB4G2rJWEib2_ac4TrTQpbYzghGQTvdwS62P2OaSc/s400/SGabriell.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5130159884814428274" border="0" /></a>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-8298453145990492982007-11-06T18:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:01.593-03:00Madrinha Cristina e "A Mensagem"<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY5VyZdMA_UwmatFoJh6HdtJY4LDK3uHgDbOyWsDKZngAUDgUbafNHBvkqbOY3i8zcqS8wS2RrpYX-BYL8rNMbMmVbsIP9kEZ6xWRRZFb_sfHgb2URNa7qRjgTnx9ruLNsmlkWKMhip_g/s1600-h/Madr_india_Cristina.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY5VyZdMA_UwmatFoJh6HdtJY4LDK3uHgDbOyWsDKZngAUDgUbafNHBvkqbOY3i8zcqS8wS2RrpYX-BYL8rNMbMmVbsIP9kEZ6xWRRZFb_sfHgb2URNa7qRjgTnx9ruLNsmlkWKMhip_g/s400/Madr_india_Cristina.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129788188230288994" border="0" /></a>Cristina Raulino da Silva, a Madrinha Cristina, era casada com o Padrinho Manoel Gregório (Nel), irmão da Madrinha Rita, com quem teve catorze filhos, e foi uma das primeiras a enxergar a estatura espiritual de Sebastião Mota de Melo, seu concunhado, que lhe curou de uma grave doença e lhe desenvolveu mediunicamente no trabalho espírita de mesa que realizava antes mesmo de conhecer o Santo Daime. Nascida em Rio Branco, Acre, a 9 de janeiro de 1938, essa irmã, que foi uma das primeiras seguidoras do Padrinho Sebastião, décadas depois foi nomeada Madrinha do Céu da Santa Maria, na Holanda, que em sua homenagem foi batizado como Ceflucristi, "Centro da Fluente Luz Universal Cristina Raulino da Silva". Fez sua passagem no dia 26 de janeiro de 2005, deixando muita saudades para todos os seus familiares e afilhados.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Lúcio Mortimer conta em "<a href="http://www.santodaime.org/arquivos/padrinho/cap5.htm">Bença Padrinho - História de Um Homem da Floresta</a>", da participação fundamental do casal Cristina e Nel no surgimento da futura Colônia Santa Maria, primeira sede do Cefluris:<br /><br /><span style="font-style: italic;">"A localidade que ocupavam era conhecida por "Cinco Mil", constituída por colônias de doze e meio hectares, desmembrados do "Seringal Empresa". Como já foi dito, o baixo custo da borracha determinara o fim dos seringais, principalmente dos que rodeavam Rio Branco. A atividade dos trabalhadores se voltara para a terra. Agora todos queriam derrubar um pedaço da mata para fazer lavoura, criar gado e ter produtos agrícolas negociáveis na cidade. O exótico nome "Cinco Mil" era devido ao preço de cada um destes lotes de doze e meio hectares. Custavam cinco mil "contos de réis", quantia modesta que hoje significaria de quinhentos a setecentos reais, aproximadamente.</span> <span style="font-style: italic;">Naturalmente foi com grande sacrifício e determinação que os Gregórios levantaram os recursos para ali se estabelecerem. Estavam assim repartidos: Manoel (Nel) e Cristina com vinte e cinco hectares, Julia casada com Chico Gregório, doze e meio hectares. Seu Idalino e Dona Maria que viviam com Teresa, única filha solteira, construíram a casa no terreno do Nel. Tinham comprado uma colônia mas a guardavam para presentear a Rita e Sebastião</span>."<br /><br />Ela própria relata um pouco da história de sua iniciação no Daime na impactante entrevista prestada a Adelise Noal Monteiro, médica e parteira, publicada no site da <a href="http://www.amigasdoparto.org.br/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=219&Itemid=70">ONG Amigas do Parto</a>:<br /><br />"<span style="font-style: italic;">A Madrinha Rita casou com o Padrinho Sebastião, ficaram morando lá</span> [no Juruá]... <span style="font-style: italic;">E o Nel veio pra Rio Branco com o pai dele. A D. Maria Francisca das Chagas e o pai dele, a Júlia, a Tetê e o Nel. Aí vieram morar lá no Rio Branco, perto da gente. Aí eu conheci eles. E por aí começou tudo! Aí casei com e</span><span style="font-style: italic;">le, com o Nel e fui morar na Colônia Cinco Mil. Aí o Padrinho quis vir aonde estava o seu Idalino com sua família. E veio... Quando ele chegou na Cinco Mil eu tava morando lá. Já tinha a primeira filha que é a Sílvia. Foi </span><span style="font-style: italic;">quando eu conheci os dois </span>[Padrinho Sebastião e Madrinha Rita]. <span style="font-style: italic;">Quando ele chegou eu já sofria muito, sofria de muita coisa e ninguém sabia o que era. No fim, quando ele chegou, ele já trabalhava no espiritual, sem Daime mesmo. Porque ele começou sem Daime. Com Daime que ele recebeu mais coisas. Aí foi pra minha casa e lá ele viu e começou a me tratar. Fazer aqueles trabalhos e tal... Então, eu senti que fui melhorando daquelas coisas que me perseguiam. A gente quando é espírita, às vezes nem dá fé, chegam aquelas coisas... leva pancada, leva dor, e grita, e... Às vezes são os espíritos... Daí pra cá ele foi me desenvolvendo e tal. Aí fui melhorando e me agarrei com ele, segura mesmo e tô aqui. </span><span>Sofrendo mas sou feliz</span><span style="font-style: italic;">. Porque tenho ele no meu coração, entreguei meu amor a ele. Embaixo de Deus, de Jesus e ele na terra que me ensinou. Através de Jesus, mandaram tirar eu daquela escuridão que é coisa ruim. Aí fiquei com ele. Depois ele entrou no Daime, botou nós e eu tô feliz de tomar este líquido. </span>Quem não provou, venha provar, esta bebida que aqui está.”<br /><br />No site <a href="http://www.daime.org/site/pages/cristina/cristinaset.htm">Daime</a> foi publicada uma gravação de "A Mensagem" realizada por Roberval Raulino na noite de velório de sua querida mãe no Céu do Mapiá. Estamos disponibilizando aqui uma gravação especial do hinário da Madrinha Cristina na voz apenas de sua filha Rutilene, para estudos, e também os hinos presenteados à Madrinha em gravação realizada na Igreja do Céu do Mar, no Rio de Janeiro. Para obterem os downloads das mp3 com cadernos e cifras cliquem em:<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?4nv20ynlld1">Hinário de Cristina Raulino <span style="font-style: italic;">a capella</span> - hinos 01 a 20</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?fdzzwwum1vx">Hinário de Cristina Raulino <span style="font-style: italic;">a capella</span> - hinos 21 a 41</a><br /><a href="http://www.divshare.com/download/2657801-8cc">Hinos ofertados à Madrinha Cristina</a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFQXbEW-zvZOWGvPUDtBNXa-o5lzJ9Ooh1VG8cI7bsQwLi6RI5nBPWuwJc-9McEfrIF-QdfFKhZoCCOJEnCR3b3-AzOo8dsqmPBHzjlGviwOVp6eNlq-pAVBLpI0aw3gQiKlZl1YSre1I/s1600-h/Mad+Cristina+e+Mad+Ritac%C3%B3pia.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFQXbEW-zvZOWGvPUDtBNXa-o5lzJ9Ooh1VG8cI7bsQwLi6RI5nBPWuwJc-9McEfrIF-QdfFKhZoCCOJEnCR3b3-AzOo8dsqmPBHzjlGviwOVp6eNlq-pAVBLpI0aw3gQiKlZl1YSre1I/s400/Mad+Cristina+e+Mad+Ritac%C3%B3pia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5129788192525256306" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Madrinha Cristina e Madrinha Rita na Igreja da Cinco Mil</span><br /></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-70858478985202272592007-10-30T14:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:02.546-03:00Preleção do Padrinho Sebastião Mota<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBJjAc6em9NK7TaFk9H-RSzcJvDCtJoEKM3W3FFobbaS4d_MvJZ2fbRBIaj8PjA7pbQgUkB8ZOKoDvs9mYt3uh81_Bfp2S0Mya64smJwLMqe7zuNV4QJURJq9PY3DUpbaVq7uHMxnkHxk/s1600-h/Pad_no_Avi.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBJjAc6em9NK7TaFk9H-RSzcJvDCtJoEKM3W3FFobbaS4d_MvJZ2fbRBIaj8PjA7pbQgUkB8ZOKoDvs9mYt3uh81_Bfp2S0Mya64smJwLMqe7zuNV4QJURJq9PY3DUpbaVq7uHMxnkHxk/s400/Pad_no_Avi.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5127173869810800930" border="0" /></a>A preleção é o discurso ou conferência didática. É uma peça oratória que o orador pronuncia para instrução de seus ouvintes. Segundo os jesuítas, "a preleção e a repetição, constituem resgate literal de instrumentos dos Exercícios Espirituais e da <span style="font-style: italic;">Ratio Studiorum</span>" de São Ignacio de Loyola, fundador da Ordem. A chamada Preleção Inaciana é o instrumento mediante o qual o professor prepara seus alunos para a atividade pessoal que deverão realizar. A preleção pode produzir autênticos conhecimentos e hábitos firmes, além do estímulo e motivação para a aprendizagem. Recupera algo muito jesuítico, sendo útil para contextualizar, motivar, iniciar a experiência, aprender. Já a Repetição inaciana procura retomar o tema que se está estudando recuperando aqueles pontos que produziram maior satisfação ou insatisfação. Em geral, na repetição inaciana se verifica também o que se compreendeu, que pontos devem ser reforçados e de que modo se poderá continuar avançando. Ajuda a esclarecer o momento da aprendizagem que se está vivendo e aprofunda a assimilação do aprendido. (Fonte: "<a href="http://www.pedroarrupe.com.br/upload/pivisao.pdf">Pedagogia Inaciana, Uma Visão Sintética</a>").<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />"Os objetivos da preleção espírita são dois: ensinar o Evangelho e instruir sobre o Espiritismo", diz o texto <a href="http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/oratoria/o-orador-espirita.html">O Orador Espírita</a>. O uso de preleções é comum a várias escolas espirituais, tanto entre o budismo, por exemplo, como na umbanda, em ocasiões determinadas. No caso da Doutrina de Juramidam, o segundo hino de Antônio Gomes foi quem trouxe a primeira preleção cantada, remetendo ao aspecto escolar do aprendizado espiritual na Doutrina de Irineu Serra. Geralmente as preleções aconteciam ao término das sessões de concentração ou no seu ínterim, por parte do dirigente ou alguém por ele indicado, sempre de forma espontânea (sem redação preliminar) e submetido à força do Daime ingerido para que as palavras vibrassem com a força e a autenticidade do Astral.<br /><br />Há uma gravação de uma preleção do Mestre Irineu, feita em fita magnética no final dos anos 60, que muito deteriorada foi recuperada no final da década passada, sem muito sucesso, sendo que o cd-master com o resultado foi recolhido ao Acervo do Memorial Irineu Serra, hoje tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural do Município de Rio Branco e do Estado do Acre. Gravações de preleções do Padrinho Sebastião têm sido difundidas, dentre as quais a que aqui apresentamos, com melhor qualidade de audição. Sobre o Padrinho, assim se referiu o dirigente da Igreja Céu do Mar, no Rio de Janeiro, em preleção realizada no fardamento da Noite de São João de 2007 (leiam o texto completo <a href="http://ceudomar.magaweb.com.br/index.php?id=315">aqui</a>):<br /><br /><span style="font-style: italic;">O Santo da noite de hoje é São João Batista muito presente na nossa religião, a linha do Padrinho Sebastião nos leva a São João Batista, por tudo que São João representa na palavra do entendimento, João abre caminho para o Cristo chegar, da mesma forma que o arrependimento abre caminho para o perdão, então São João Batista é o batizador, com o poder de levar cada alma ali no Rio Jordão, ao renascimento, o sentido de renascimento, o renascimento do batismo, o sentido também de lavar os pecados, deixar tudo pra traz e começar tudo de novo, esta é a presença de São João Batista. O Padrinho Sebastião sempre foi um aparelho dele, como está bem claro no hinário do Padrinho Sebastião, então é sobre as bênçãos do Santo de hoje que pra nós tem a mesma importância que tem o Natal, tem o "Feliz Natal" e tem o "Feliz São João", que são dois tempos básicos do ano, os solstícios, onde troca a estação, e feliz da alma encarnada e desencarnada aqui presente que puder se encontrar com o Mestre dentro do hinário dele, quem realmente conseguir assim se abstrair, tirar as sandálias do ego, quem conseguir sair da realidade imediata trazida na miração no hinário do Mestre Irineu, acaba se encontrando com ele, e é dessa comunhão que vem a luz pra nós, vem as curas, vem os ensinamentos, feliz da alma que na noite de São João Batista puder se encontrar com o Mestre.<br /><br /></span>Como colaboração do irmão Eduardo Sampaio, da Igreja Céu do Ceará, apresentamos aqui uma gravação do Padrinho Sebastião com duração de trinta minutos, a qual tem sido utilizada pelo Padrinho Nonato Teixeira em concentrações, e traduz um momento histórico preciso na trajetória do Cefluris. Para obter o download, cliquem em:<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.4shared.com/file/27825141/659c051c/Prelecao_Pad_Sebastiao.html">Preleção do Padrinho Sebastião Mota de Melo</a><br /><br /></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-4085183850128952312007-10-29T16:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:02.738-03:00Maria Gomes e sua filha Adália Grangeiro<div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvKJ3wn537HmLa43i5d_2-6L4htTXtH42UQqvafXq_l_S9PVT5VRgEk6jehD44FKG9if7Qz2cqhW4Pkxsri4kYBb-GO0tYEHYLKhHfodqHElcQOeW3izzlv_nzzeTyunkaL1jFPTVm3D8/s1600-h/001.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5126820067584825618" style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvKJ3wn537HmLa43i5d_2-6L4htTXtH42UQqvafXq_l_S9PVT5VRgEk6jehD44FKG9if7Qz2cqhW4Pkxsri4kYBb-GO0tYEHYLKhHfodqHElcQOeW3izzlv_nzzeTyunkaL1jFPTVm3D8/s400/001.jpg" border="0" /></a>Maria Gomes nasceu no começo do século 20 em um seringal do Acre e se casou com o cearense Antônio Gomes, que chegara do Pará com a família e lá enviuvara ficando com uma penca de filhos para criar. Em 1938 conheceram o Mestre Irineu e seu trabalho, e a família entrou para a Doutrina, como nos relata <a href="http://www.mestreirineu.org/jairo.htm">Jairo Carioca</a>: <span style="font-style: italic;"><br /><br />Da nova família, além de Antônio Gomes da Silva, o patriarca, os seus filhos Leôncio Gomes, Raimundo Gomes, Adália Gomes, José Gomes e dona Zulmira Gomes também passaram a freqüentar a sessão. Dona Zulmira, casada com o senhor Sebastião Gonçalves, levou à missão seus filhos Raimundo Gonçalves, João Gomes, Benedita Gomes, Heloísa Gomes e Peregrina Gomes. Essa família fortificava a edificação da doutrina, como o próprio Antônio Gomes, que passou a receber um rico e instrutivo hinário, onde relata: </span><span style="font-style: italic;">"O Mestre trabalhava, se achava quase sozinho, pediu a Jesus Cristo que abrisse o seu caminho"</span>.<br /></div><div align="justify"><br />Antônio Gomes faleceu oito anos depois, havendo pedido ao Mestre Irineu que amparasse sua família. O Mestre então assumiu essa responsabilidade, especialmente em relação à viúva e aos filhos menores. Adália, filha caçula de Dona Maria, se casou nos anos 50 com Francisco Grangeiro. Tive a oportunidade de cantar o hinário de Antônio Gomes na residência desse casal, na presença de Dona Maria, então já nonagenária, quando ela tinha até dificuldade de falar, e é uma pena não haver podido entrevistá-la na época para saber mais sobre sua vida na Doutrina. Na década de 60, a presença de Maria Gomes como membro da primeira Comissão de Cura do Mestre é registrada por Jairo Carioca:<br /><br /><span style="font-style: italic;">É das bases do Círculo Esotérico que Mestre Irineu organizou (...) seus trabalhos de cura. Como já vimos, até esta data os trabalhos de cura eram realizados nas quartas-feiras. Sempre que um irmão estava necessitado, Mestre Irineu reunia seus membros e trabalhava a cura da pessoa em trabalhos que poderiam se repetir de três a até nove sessões. Com a organização desses trabalhos, Mestre Irineu criou uma Comissão de Cura - que seria responsável pelo acompanhamento dos irmãos enfermos. Nove pessoas, integrantes do Estado Maior, formavam essa comissão:</span> <span style="font-style: italic;">1 - Madrinha Peregrina;</span> <span style="font-style: italic;">2 - Percília Matos;</span> <span style="font-style: italic;">3 - Lourdes Carioca;</span> <span style="font-style: italic;">4 - Zulmira Gomes;</span> <span style="font-style: italic;">5 - Maria Gomes</span>; <span style="font-style: italic;">6 - José das Neves;</span> <span style="font-style: italic;">7 - Francisco Martins</span>; <span style="font-style: italic;">8 - Francisco Grangeiro; </span><span style="font-style: italic;">9 - Júlio Chaves Carioca.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">Comentam esses seguidores antigos que os objetivos de Mestre Irineu ao fundamentar essa equipe eram mais amplos. Um dia o Mestre comentou com Júlio Carioca: "Quero, Júlio, concentrar-me aqui (referindo-se ao Alto Santo) para trabalhar em benefício de uma pessoa que esteja doente no Japão", testemunha Júlio Carioca. "Em duas ocasiões chegamos a nos reunir com esse objetivo, acrescenta dona Lourdes Carioca. A primeira foi quando houve um incêndio grande nas matas do Maranhão que ninguém conseguia apagar. O Mestre nos reuniu, tomamos Daime e fomos bater lá. Na miração, via ele na frente e nós com uma porção de vassourinhas ajudando a apagar o fogo; outra vez foi na Segunda Guerra Mundial, naquela época eu não estava ainda na sessão, mas o Mestre me falou que também se concentrou pedindo paz para o mundo todo".<br /><br /></span>Apresentamos aqui uma gravação dos cadernos de hinário de Dona Maria Gomes e de sua filha a Madrinha Adália Grangeiro, conduzida pelo neto Valsírio Grangeiro. Não possuímos o caderno digitado, e no momento apenas disponibilizamos os vinte e seis hinos de ambas, sem poder determinar onde termina um e começa o outro. Entretanto, pela beleza da gravação e a força destes hinos, consideramos indispensável proporcioná-los desde já. Para obter o download do arquivo compactado com as faixas wma, cliquem em:<br /><br /><div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?9zcvcs1zsyy">Maria Gomes e Adália Grangeiro</a><br /></div><br />Colaboração: Juarez Duarte Bomfim</div></div></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-22588746097727222242007-10-25T18:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:03.197-03:00Carlos Augusto Strazzer em seu hinário<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPgNUQINnDVWeCfTf1lk5qLnCSt72Ok8YquGxGeA34VG7by0MeJ1b3xs9aQJTr3Rj9rVM_A8owc0hnthNh8Kp4p8SH62Z0VGH_Vvtslf-JJPL4AYNbVjIGR2xmrXozMQ_RlNPKFL8svok/s1600-h/1585vimacconceiwstjohn.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 232px; height: 475px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPgNUQINnDVWeCfTf1lk5qLnCSt72Ok8YquGxGeA34VG7by0MeJ1b3xs9aQJTr3Rj9rVM_A8owc0hnthNh8Kp4p8SH62Z0VGH_Vvtslf-JJPL4AYNbVjIGR2xmrXozMQ_RlNPKFL8svok/s400/1585vimacconceiwstjohn.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5125362090567190386" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Pintura de El Greco (1585): A Virgem da Conceição com São João Evangelista</span><br /></div><br />"Um abraço dado de bom coração é mais que um abraço, é uma benção". Lembro da canção da Baixinha ao lembrar do abraço fraterno que recebia de Carlos Augusto Strazzer ao término dos hinários na Igreja do Céu do Mar, no Rio de Janeiro. O grande ator ingressou no Santo Daime no final dos anos 80, época em que outras celebridades como Lucélia Santos e Ney Matogrosso se "fardaram" na Doutrina. No Acre daquele tempo, o deputado João Tezza declarava na Assembléia Legislativa que Rio Branco seria invadida por verdadeiras caravanas de aidéticos devido à veiculação no Rio de Janeiro de um boato segundo o qual uma mulher soropositiva teria sido curada na Colônia Cinco Mil (na verdade, uma mulher com diagnóstico soropositivo, vivendo na Colônia, foi mordida por uma cobra venenosa, e após a cura com soroantiofídico, ao refazer seu exame de HIV encontrou que estava soronegativa, e não foram mais confirmadas "curas milagrosas" como a sua). O sensacionalismo do deputado acreano ficou por isso mesmo, e os aidéticos que porventura buscam ou buscaram tratamento com o Daime, tanto no Acre como em outras partes do Brasil e do mundo, tiveram consciência de que para o infectado a bebida colabora fisica, psiquica e espiritualmente, mas não é nenhuma panacéia cura-tudo como alguns se apressaram em querer anunciar a princípio.<br /><br />Carlos Augusto Strazzer (São Caetano do Sul, 4 de agosto de 1946 - Petrópolis, em 19 de fevereiro de 1993) foi um famoso ator brasileiro. Participou de diversas peças teatrais como "Cemitério de automóveis", de Fernando Arrabal, "O Balcão", de Jean Genet, dirigidos por Victor Garcia e produzidos por Ruth Escobar, "A Moratória", de Jorge Andrade, o grandiloqüente musical "Evita", um dos maiores sucessos da cena carioca dos anos 80 e "As ligações perigosas", de Choderlos de Laclos, outro êxito do final daquela década. Ficou conhecido por sua participação na televisão, em muitas telenovelas, como "Éramos Seis" (1977), "O Profeta" (1977/78) e o remake de "O Direito de Nascer" (1978), na antiga TV Tupi, tramas que o projetaram nacionalmente, e "Coração Alado" (1980/81), "Jogo da Vida" (1981/82), "Champagne" (1983/84), "Livre Para Voar" (1984/85), "Mandala" (1987/88) e "Que Rei Sou Eu?" (1989), além das minisséries "Moinhos de Vento" (1983) e "O Sorriso do Lagarto" (1991), todas pela Rede Globo.<br /><br />Era conhecido por interpretar vilões ou personagens misteriosos e místicos, os quais impregnava de elegância e ambigüidade. Infelizmente fez poucos filmes, como "Gaijin – Os caminhos da liberdade" (1980), de Tizuka Yamasaki, "Eles não usam black-tie" (1981), de Leon Hirszman, "Com licença, eu vou à luta" (1986), de Lui Farias e "O Mistério do Colégio Brasil" (1988), de José Frazão, além de participações especiais na produção internacional "Moon over Parador" (1987), dirigida por Paul Mazursky e no documentário "Interprete mais, ganhe mais", dirigido por Andrea Tonacci, que trata do cotidiano do grupo teatral de Ruth Escobar e que ficou embargado na Justiça por vinte anos. Faleceu em 1993, aos 47 anos incompletos.<br /><br />Em entrevista publicada na Revista Veja em maio de 1992, intitulada "<a href="http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/oscar_cabral/reportagens/carlos.html">A opção pela vida</a>", Strazzer admitiu publicamente estar com Aids, e falou um pouco sobre sua visão espiritual sobre o processo da doença:<br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - A Aids mudou a sua maneira de encarar a morte?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer- Sempre fui fascinado pela morte. Eu sempre fui um especulador das ciências ocultas, um estudioso do espiritismo cristão, de religiões que tentassem explicar a morte de uma forma menos ingênua que a cristã tradicional. Desde adolescente, eu reflito sobre o que poderá acontecer após a morte. Quando a Aids veio, achei que minha hora havia chegado. Pensei em morrer educada e dignamente. Não podia decepcionar a galera. Afinal, por tudo o que eu havia lido, ter Aids significava ficar com aquela figura cadavérica publicada pelos jornais e morrer. Até que eu percebi que havia uma possibilidade de não ser assim.<br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - Como surgiu essa possibilidade?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer - Não foi um médico quem me deu isso. Veio de foro íntimo, de esforços consideráveis para compreender o que estava acontecendo e não me entregar. Eu tenho um poder dentro de mim, que é um poder decisório, uma vontade. Tenho que ter vontade de viver e descobri motivações verdadeiras para continuar vivo. Essas motivações estão ligadas às pouquíssimas pessoas, que atravessaram comigo o vale da sombra da morte, inesquecíveis amigos que conseguiram imprimir na minha alma e no meu coração uma vontade de estar com eles ainda mais um tempo. (...)<br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA- O senhor teve vontade de morrer?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer - Não exatamente. Eu achei que a agonia era uma coisa muito sem graça. Será que não existia outra forma de morrer, na qual eu não tivesse que passar por aquela dor, aquela porta estreita, aquele buraco de agulha? Mas tive vivências muito particulares nesses momentos. Foi bom analisar quem era eu e qual era a minha historinha. E minha historinha era quase medíocre, mas gostei dela. Não fui um grande sujeito, nem um grande ator, mas era um cara legal, bom caráter, tinha vivido bem, cercado de bons amigos, com três lindos filhos e uma ex-mulher maravilhosa. Comecei a montar a minha biografia: Carlos Augusto Strazzer nasceu assim, foi um adolescente, em adulto fez uma porção de coisas; aí pegou uma doença terrível e morreu. Que morte boba! Será que não dava para mudar o script? Que final piegas e melodramático... Tive, então, vontade de mudar o final.<br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - Aconteceu alguma coisa que propiciou essa virada?<br /><span style="font-style: italic;">Strazzer - Eu estava muito mal e não agüentava mais sentir tanta dor física. Comecei a rezar, mas me senti meio ridículo, beato, e questionei se Deus existia mesmo. Mas a dor era tanta que a revolta passou e eu rezei o pai-nosso mantricamente, ou seja, pensando em cada frase. Quando cheguei no "seja feita a Tua vontade", não consegui continuar. Se eu acreditava que Deus estava em mim e não era um velhinho de barbas brancas inacessível, mas um estado de consciência interna, então eu tinha de entrar em contato comigo mesmo. "Seja feita a Tua vontade" não significava a vontade de alguém de fora em relação a mim. Abriu-se um telão azul deslumbrante e uma voz, muito parecida com a minha, só que em dolby-stereo, me perguntou se eu queria a cura ou não.<br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - Qual foi sua resposta?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer - Meu primeiro instinto foi dizer "sim”. Mas será que era isso mesmo? O outro lado era tão maravilhoso... Por que eu iria ficar nesta Terra tão complicada? Aí, a voz me disse que eu precisava querer alguma coisa, que eu devia usar a vontade correta. Eu precisava de uma motivação para viver, senão minha vontade não seria legitima. (...)</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - E a esperança de cura?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer- Já pensei muito nisso. Faz um tempo que não penso mais. Às vezes, acho que estou indo embora. A cura não é mais um núcleo de ansiedade e reflexão da minha parte. (...)</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">VEJA - O senhor pretende voltar a atuar?</span><br /><span style="font-style: italic;">Strazzer - Gostaria de montar um espetáculo no qual eu recitasse alguns poetas místicos, como os persas Rumi e Attar e os espanhóis São João da Cruz e Teresa d'Avila. Seria uma encenação com uma bailarina, um instrumento, uma coisa simples de meia hora de duração. São poemas belos, que falam sobre a noite escura: </span>Vivo sem viver em mim e tão alta a vida espero que morro e por que não morro?<span style="font-style: italic;"> É um universo que eu conheço, de delicadeza sobre a morte e a espiritualidade.<br /></span><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-idBszzQVIsEea-CjDANdBkyFEhI9rYfo0Yw_dijjKfe4Jg0SjYrRglo67ki4kSclmZAQlBvJrv6mEWpZ7GARMY6wu0efuM85-MSNHHZTNErNwTE4pqhIRn2Qy4rPTyMCmYzlaXZsnF4/s1600-h/Strazzer.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-idBszzQVIsEea-CjDANdBkyFEhI9rYfo0Yw_dijjKfe4Jg0SjYrRglo67ki4kSclmZAQlBvJrv6mEWpZ7GARMY6wu0efuM85-MSNHHZTNErNwTE4pqhIRn2Qy4rPTyMCmYzlaXZsnF4/s400/Strazzer.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5125362094862157698" border="0" /></a><br /></div></span></span></span></span></span><span><span><span><span><span>Os dezoito hinos recebidos (ou "percebidos") por Strazzer passaram a fazer parte, na época, de alguns trabalhos no Centro Eclético da Fluente Luz Universal Sebastião Mota de Melo - <a href="http://www.ceudomar.org/">Ceflusmme</a>, onde também os três filhos do ator eram fardados, e assim foram conservados. Para obter o download das mp3 desse hinário, clique em:<br /></span></span></span></span></span><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><span style="font-style: italic;"><br /></span></span></span></span></span></div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?bn35t11yjdn">Hinário de Carlos Augusto Strazzer (com caderno)</a><br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Colaboração: Jaime Wanner.</div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-59871294780866402282007-09-24T17:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:03.434-03:00Ciris Midam e os hinos da Madrinha Percília<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5mFjwxj8nEQRqoz6mt60i1QJakNKKNfcIZ4-kUn0sumDgJmmJwOjT1-jdaKI4ANWg_UL5E5VttnfAdj-dZJ15rxeNqz7W67eO-fB7oXPc0Eyf8Pmo4jxeQnxz2c1WT4Nw6TIWzMTEFCo/s1600-h/MadPercilia+copy.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5mFjwxj8nEQRqoz6mt60i1QJakNKKNfcIZ4-kUn0sumDgJmmJwOjT1-jdaKI4ANWg_UL5E5VttnfAdj-dZJ15rxeNqz7W67eO-fB7oXPc0Eyf8Pmo4jxeQnxz2c1WT4Nw6TIWzMTEFCo/s400/MadPercilia+copy.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5113863551309272674" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Percília Matos da Silva, zeladora da obra do Mestre Irineu e gerente-geral dos hinários de sua Doutrina, começou a tomar Daime ainda muito criança, e se lembrava até do primeiro festejo de São João:<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">"<span style="font-style: italic;">Era 23 de junho de 1935, o Mestre organizou duas frentes de trabalho. Os homens foram tirar lenha para fogueira, as mulheres, preparar a ornamentação e uma grande ceia que o Mestre pediu para fazer no intervalo. Quando foi lá pelas seis horas da tarde, na Casa de dona Maria Damião, nós nos reunimos, rezamos um terço, tomamos Daime e fomos cantar até meia noite. Só tinha oito hinos! Um de Germano Guilherme, quatro do Mestre, dois de João Pereira e um de Maria Damião. Eram repetidos nessa mesma ordem por toda a noite. Quando foi meia noite ele deu um intervalo, já estava preparada a ceia numa grande mesa, quando ele mandou que nós cantássemos por três vezes aquele hino</span>:<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">Papai do Céu do Coração<br /></span> <span style="font-style: italic;">Que hoje neste dia</span><br /><span style="font-style: italic;">Foi quem deu o nosso pão<br /></span> <span style="font-style: italic;">Graças a mamãe<br /><br /></span> <span style="font-style: italic;">Mamãe do Céu do coração<br /></span> <span style="font-style: italic;">Que hoje neste dia<br /></span> <span style="font-style: italic;">Foi quem deu o nosso pão<br /></span> <span style="font-style: italic;">Louvado Seja Deus</span><br /></div><br /><span style="font-style: italic;">Esse hino foi cantado de forma tão bonita, que nunca mais me esqueci... até hoje... chora emocionada dona Percília Matos. Foi depois disso que Irineu Serra, seguindo orientações de sua professora Clara, ordenou as datas para a realização dos hinários, formando o primeiro calendário de hinários oficiais da doutrina.</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Além dessas datas de festejo oficial, era normal a realização das sessões de concentração aos sábados e das sessões de cura nas quartas-feiras. As datas evidenciavam os primeiros traços do cristianismo na Missão de Irineu Serra, segundo <a href="http://www.mestreirineu.org/jairo.htm">Jairo Carioca</a>.<br /><br />Como responsável que foi em dar forma escrita aos hinos formadores da Doutrina, ela se tornou a gerente-geral dos hinários, e assim tinha o encargo de passar a limpo os hinos recebidos, ou seja, corrigi-los. Hoje em dia pode ser difícil diferenciar os hinos "recebidos do Astral" dos hinos ditos "inventados", considerando-se talvez esses cânticos rituais mais como ferramentas humanas e menos como instruções divinas, mas até isso evidencia o quanto uma Doutrina originária do Mestre tem sofrido alterações por parte dos que declaram ser seus seguidores. Eu pessoalmente tive oportunidade de "passar a limpo" meu próprio caderno de hinário com a Madrinha Percília, e além de algumas palavras que ela modificou, recebi a explicação de que os hinos de um hinário devem guardar entre si uma relação progressiva de aprendizagem pessoal, uma ordem ascendente, e portanto hinos que repassam abordagens anteriores da própria pessoa (entendimento este muito subliminar, talvez) devem ser descartados, ou esquecidos, não-cultivados. E ela mencionou que o próprio João Pereira, cujo hinário é um dos principais do Mestre, teve trinta hinos suprimidos por este quando passados a limpo.<br /><br />O hinário da Madrinha Percília se resume a quinze hinos, o que nos faz lembrar que o da Madrinha Rita são apenas vinte e cinco, o da Madrinha Peregrina são onze, e nem por isso são hinários desimportantes ou pouco fundamentais. Em termos de conteúdo, quanto aos hinários, às vezes "menos" hinos falam "mais", ou proporcionam melhor resultado prático, do que ser responsável por um conjunto de muitos hinos. Essa economia da expressão, entretanto, parece ser pouco observada na atualidade, quando sabemos há indivíduos que possuem várias centenas de hinos (às vezes até subdivididos em vários cadernos). No tempo do Mestre, e isso não quer dizer que em um "tempo atrasado" ou uma "época de vacas magras", receber um hino era não apenas uma responsabilidade espiritual mas também uma prova, e os que se diziam donos de hinos eram provados no Daime, sendo chamados pelo Mestre para puxarem e bailarem seus respectivos hinários "na força" dessa comunhão, sem cadernos de apoio, tirando apenas do âmago de sua alma a memória, a harmonia e o ritmo dos hinos, o que não dava margem à permanência de hinos "inventados" na irmandade. Quanto alguém passava pelo "vexame" de não conseguir apresentar devidamente a letra de um hino que declarara haver recebido, essa "linha da verdade" mostrava o quanto o desprendimento e a humildade são requisitos naturais do aprendizado espiritual, e atitudes de avidez, orgulho ou auto-promoção através dos hinos são pouco recomendáveis por induzirem (e em muitos casos conduzirem) ao erro ou à falsificação ideológica. O Daime é um misterioso professor que muitas vezes "dá corda para ferrar no anzol", por isso a grande preocupação dos antigos seguidores do Mestre em observar as recomendações que este deixou de viva voz. A própria Dona Percília se auto-questionava quanto aos seus hinos, como demonstra esse trecho de entrevista de Clodomir Monteiro com ela, a respeito do hino que a apresenta como Taio Ciris Midam:<br /></div><br /><span style="font-style: italic;">Clodomir - Este hino a senhora recebeu dentro da miração?<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília - Dentro da miração...eu estava com uma febre neste dia!...<br /></span><span style="font-style: italic;">Clodomir - E foi uma entidade que dizia para a senhora isto?<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília - Eu ouvi, não vi, eu ouvi a música....e quando eu dei de mim eu já estava cantando</span>.<br /><span style="font-style: italic;">Clodomir - Que a sra. era realmente esta entidade...<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília - É...Taio Ciris Midam...<br /></span><span style="font-style: italic;">Clodomir - E todos no Alto Santo reconhecem que a senhora é realmente Ciris Midam...<br /></span><span style="font-style: italic;">Pedro - Pois o próprio Mestre registrou... passou a limpo o hino... seu Eu superior...<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília - Sim, o meu Eu superior...então quer dizer que eu sou da mesma família...de Midam...né ?</span><span style="font-style: italic;"><br />C</span><span style="font-style: italic;">lodomir - Tá ligado a outra metade dele...<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília - É...é isso aí.<br /></span><span style="font-style: italic;">Clodomir - É isso aí, um é Jura, outra é Midam, o masculino e o feminino...<br /></span><span style="font-style: italic;">Percília -Foi passado a limpo com o Mestre...</span><br /><br /><div style="text-align: justify;">A Madrinha Percília, ao ficar órfã de pai ainda menina, veio morar como filha do Mestre em sua casa. Estudou, formou-se professora e casou-se com Raimundo Gomes nos anos 40. O casamento não deu certo, e ela voltou a morar na casa do Mestre até que encontrou um novo companheiro na pessoa do Senhor Pedro. Após o falecimento do Mestre, apoiou o Padrinho Sebastião quando da criação do Cefluris, e realizou naquela igreja modificações do fardamento (gravatas azuis e sapatos brancos para a farda masculina) que antes o Mestre manifestara vontade de fazer. Três anos depois ela deixou o Cefluris, juntamente com Daniel Serra, Luiz Mendes e outros, que não aceitaram outras modificações rituais. Apesar de eventualmente participar, seja na igreja do Padrinho Tetéo, seja no Pronto-Socorro do Senhor Raimundo Lorêdo, nunca voltou a ocupar a condução dos trabalhos como antes. Foi em uma rara oportunidade que a presenciei na igreja do Senhor Luiz Mendes acompanhando um trabalho de 6 de julho onde o hinário do Mestre foi cantado sem bailado, integralmente (todos os hinos, mesmo os especiais), na mesma formação de filas em pé na velação do ataúde que foi feita em 1971. Ela declarava o que sabia e o que pensava com toda sua veemência (leia o texto completo <a href="http://www.mestreirineu.org/percilia.htm">aqui</a>):<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic;">Ninguém pense que aprendeu. Quem quiser aprender, se dedique ao Daime. Se prepare e tome. Não vou dizer que todos possam alcançar porque "</span>nem todos estão na graça<span style="font-style: italic;">", como diz aquele hino do Seu Sebastião Mota.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">O Mestre aprendeu e doutrinou o mundo inteiro. Por isso eu digo: todos têm vontade de alcançar, mas nem todos estão na graça... É preciso se conformar com o tanto que Deus lhe deu. Aqueles que tiverem o espírito evoluído de outras encarnações estão mais próximos. Se dedique ao Daime, que lá ele está. Chame o Mestre com amor.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">Espiritualmente, o Mestre é uma santidade que comanda o mundo inteiro. Ele tem todo poder. E hoje, 21 anos depois, é a mesma coisa. É como se ele estivesse aqui no nosso meio. Não que eu esteja vendo, mas, pela intuição, a gente sente.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Meu maior prazer é ver esse trabalho ficar firme, direitinho, como o Mestre quer, não como ele queria, como ele quer, pois eu não considero que o Mestre está ausente. Tudo que nós fizermos dentro desse trabalho tem que ser com ele, tem de pedir licença a ele, porque ele é o dono, ele é o comandante e o chefe geral da missão. Portanto tem que render obediência a ele. Eu não permito é cada um fazendo do seu modo. Foi uma das coisas que ele pediu. No dia 30 de junho de 1971, poucos dias antes do seu passamento, houve uma concentração em benefício dele. Quando terminou, ele disse assim:<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">- Hoje foi que eu recebi a minha cadeira de presidente; cheguei lá no astral, tinha um salão, a mesa posta, e a cadeira da cabeceira estava vazia, a minha mãe chegou e mandou que eu tomasse conta da cadeira.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">- De hoje em diante, você é o chefe geral desta missão, disse ela. Queira ou não queira, no céu, na terra e no mar, o chefe é você.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">Ora, isso depois de quantos e quantos anos de trabalho? E ele disse:</span> <span style="font-style: italic;">- Eu estou entregando esse trabalho ao Leôncio; ele não é o chefe, fica como representante desse trabalho. Agora uma coisa eu digo, ninguém queira ser chefe, se unam e vão trabalhar.</span> <span style="font-style: italic;">Foi nesse dia que ele aprendeu que quando se formar a mesa para abrir um trabalho, é para deixar a cadeira dele vazia, pois chamando, ele viria ensinar.</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">- Mas ninguém queira ser chefe, e não inventem moda dentro desse trabalho, ele falou.<br /><br /></span><span style="font-style: italic;">Por isso eu me sinto mal quando eu chego num serviço que não está certo. Eu não me sinto bem de jeito nenhum. Se eu pudesse fazer uma circular a todos esses centros de Daime eu diria: nós não podemos mudar o ritual, nós temos de seguir os ensinos conforme eles mandam. Outro dia eu fui em um trabalho em um centro aqui perto de Rio Branco e não gostei. Já fui mesmo a paisana, porque eu não sabia como estava a organização lá, parece que eu estava adivinhando. As filas desarrumadas, sem um destacamento que fosse responsável pela organização das filas, homens com a camisa para fora da calça, com a mão no bolso, outros com o braço solto, jogando o braço para lá e para cá, e o que é pior: a extinção do maracá. O maracá é que ajuda a marcar o passo do baile. Todo mundo com caderno na mão, nunca vi isso, alguns tocando maracá para cima, sem bater na mão. E o caderno - se estivessem ao menos lendo e cantando, mas tinha muitos que só olhavam e ficavam de boca fechada. Tá fora do ritmo, não é mesmo? E o ritmo do canto, da música? Cada hora era de um jeito, ora acelerando, ora devagar demais, e o ritmo deve ser incessante, firme. Eu perguntei o por quê do pessoal não usar o maracá, me disseram: "</span>Ah! Porque eles não têm<span style="font-style: italic;">." "Mas o maracá é uma coisa muito fácil de fazer, todo mundo pode ter." "</span>Ah! Mas eles não aprendem<span style="font-style: italic;">." Por que não aprendem? Ora, a criança vai a aula, no começo ela não sabe, depois vai aprendendo, uma semana, duas, faz o primeiro grau, faz o segundo, vai se evoluindo, segue carreira. Então, por que não aprende? Por que não tem um instrutor, uma pessoa que instrua, que ensine como é. Agora deixar cada um chegar e fazer como quiser, não pode. Então, se ele deixou para todo mundo usar o maracá, é para usar maracá, não é? Não é caderno, ele não deixou ninguém usando caderno. Até a saída dele, não existia esse negócio de caderno na mão no hinário, de jeito nenhum, todo mundo aprendia corretamente e na hora já sabia, estudava em casa, mas na hora do trabalho, ninguém levava caderno. Como eu não faço parte da diretoria de lá, não falei nada, mas essa responsabilidade pesa nos meus ombros, pois o Mestre me disse: "</span>Onde você for que não estiver certo, você tem que corrigir.<span style="font-style: italic;">" No hinário, cada fila tem de ter o "pelotão", a pessoa responsável pela fila. Quando às vezes uma pessoa passa mal, por um momento, por causa das suas culpas, sei lá, tem que ter o fiscal para amparar, homem para homens, mulher para mulheres. O fardado só tem direito de sair por três hinos, no máximo. O ensaio é muito importante, pois é ali que a pessoa vai aprender, para quando chegar o trabalho oficial, todos estarem sabendo. Nosso trabalho é como um quartel, todos iguais. O principal na atitude do fardado é a obediência, cada um prestar o seu serviço com o máximo de obediência, cada um tem a sua posição, o seu posto de serviço, portanto, tem de assumir com muita dedicação e obediência. Tem muita coisa boa dentro desse hinário do Cruzeiro, é preciso é compreender, muitas pessoas cantam, mas a compreensão fica tão adversa... E não tem esse negócio de mistura de linha não, de atuação, nunca vi o Mestre se alterando em nada.</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Compreender essas diferenças de fundamento da experiência religiosa com o Daime, de "sair para o invisível" como configurado pelo Mestre Irineu (cujo trabalho expressava mais uma base na cultura andina, ameríndia) ou de "incorporar entidades" (como nas culturas africanas), é uma tarefa árdua para os seguidores do Mestre Irineu. Eu pessoalmente compreendo que ambos sentidos da jornada (para fora e para dentro) são importantes e não excluem um ao outro, apenas deve-se observar para cada um o entorno ritual respectivo, e respeitar as especificidades dos participantes dentro do trabalho ritual construtor de uma coletividade própria.<br /><br />Para obter os arquivos wma do hinário da Madrinha Percília, juntamente com seu caderno para impressão, faça o download clicando em:<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?etz9p2bcijb">Hinário de Percília Matos da Silva</a><br />.<br /></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-42247206475488061402007-09-12T17:20:00.000-03:002008-12-10T17:44:03.820-03:00São Francisco bem louvado na Vila Carneiro<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinnmFvIjS_4KLukO-fMIbdN8wURyFnrQArewkCfkQtGKokqMM-DkEcGHygAYIwhWqm9TC4j33RZ_MN9v141fMlr8nC9BT_Dce4KrlVdUA662eBBkQLyVrZmoEZbSD7MnaAJkSdesiuM9s/s1600-h/St+Francis+and+dove.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5109439359591109954" style="margin: 0px auto 10px; display: block; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinnmFvIjS_4KLukO-fMIbdN8wURyFnrQArewkCfkQtGKokqMM-DkEcGHygAYIwhWqm9TC4j33RZ_MN9v141fMlr8nC9BT_Dce4KrlVdUA662eBBkQLyVrZmoEZbSD7MnaAJkSdesiuM9s/s400/St+Francis+and+dove.gif" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;">São Francisco</span><br /><span style="font-size:85%;">(hino 06 do Padrinho Nonato, ofertado à sua esposa a Madrinha Graça)</span><br /><br />Estou aqui, estou aqui, estou aqui<br />Implorando a meu Salvador<br />Que me dê a santa saúde<br />Por vosso divino amor<br /><br />Oh! Minha Mãe aqui estou em vossos pés<br />Implorando para me libertar<br />Para quando chegar o dia<br />Eu poder me apresentar<br /><br />Me apresentar perante a meu Pai<br />Com firmeza e pureza em minha alma<br />Pedindo sempre<br />Vossa divina calma<br /><br />Esta calma é verdade e harmonia<br />Que resplandece em nós todo o dia<br />Para compreendermos que somos filhos<br />Da Sempre Virgem Maria<br /><br />Oh! Meu Pai, Oh! Que dor no coração<br />De ver tanta ingratidão<br />Dentro deste jardim<br />Que forma esta união<br /><br />Mas vou seguindo é com fé e com amor<br />Na doutrina do meu Salvador<br />Que dele eu recebi<br />O meu prêmio de valor<br /><br />Oh! Meu Pai a Vós estou agradecendo<br />Por tudo isto que estou entendendo<br />Mas sempre peço a Vós<br />Para eu ir compreendendo<br /><br />Compreendendo as lições do professor<br />E seguindo com esperança no Senhor<br />Que Vós é quem nos livra<br />De todos esses terrores<br /><br />Sinto dor, sinto dor, eu sinto dor<br />Quando lembro deste andor<br />Que me relembra tudo<br />Mas vigora o amor<br /><br />Mas é preciso se humilhar e consagrar<br />Para poder enxergar<br />Essa grande batalha<br />Que temos que atravessar<br /><br />Oh! meu Pai aqui estou arrependido<br />Por ter tanto lhe ofendido<br />Mas sempre vos imploro<br />Que eu não seja perdido<br /><br />São Francisco ele vai se apresentar<br />Me dando força perante este altar<br />Me reconciliando e sabendo<br />Que somos todos iguais<br /><br />Estou aqui estou vendo clarear<br />Sentindo fogo e meu corpo balançar<br />Ouvindo a voz do céu<br />Que me faz despertar.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Raimundo Nonato Teixeira de Souza, filho caçula do Padrinho Wilson Carneiro de Souza e da Madrinha Zilda Teixeira, nasceu em Tarauacá, município do estado do Acre, em 14 de Julho de 1949. Iniciou seus trabalhos no Santo Daime em 1962. No ano de 1990 passou à administração da Colônia Cinco Mil, cargo que ocupou por sete anos, até pouco antes da passagem de seu pai. Hoje, desenvolve seus trabalhos com o Santo Daime na Vila Carneiro, vizinho à Colônia Cinco Mil, zelando pelo Pronto Socorro de Cura Raimundo Irineu Serra e é um grande divulgador dos preceitos doutrinários deixados pelo Mestre Raimundo Irineu Serra e o Padrinho Sebastião Mota de Melo. Atualmente é vice-presidente do Pronto-Socorro dando continuidade aos trabalhos realizados por seu pai Wilson Carneiro de Souza. Contemporâneo que foi do Padrinho Alfredo Gregório desde antes da criação do Cefluris, coube ao Padrinho Nonato, em uma forte concentração nos primeiros anos da igreja da Cinco Mil, a chamá-lo "Salomão": pelos dons da inteligência e justiça que este encarnava. Apesar de haver se retirado do Cefluris por uma questão de autonomia, a "Aliança Estelar" de ambos com certeza continua a refulgir.<br /><br />Publicamos já neste blog uma parte do hinário do Padrinho Nonato (veja <a href="http://hinarios.blogspot.com/2007/08/o-peregrino-na-residncia-do-padrinho.html">aqui</a>) falando dessa sua especial devoção a São Francisco, expressa também na realização dos festejos em comemoração do Santo, 4 de Outubro, cantando este hinário. Agora, numa especial cortesia do irmão Eduardo Sampaio, do <a href="http://www.ceudoceara.org/">Céu do Ceará</a>, divulgamos este hinário completo, com caderno, gravado em 14 de julho deste ano na inauguração da nova sede do Pronto-Socorro Raimundo Irineu Serra, na chamada Vila Carneiro, na Estrada da Colônia Cinco Mil.<br /></div><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8GiH5pFCpyEHI301EYn9l4WKKLo-Xjn6s5KgFy2OdiO_wFsbYGq_O9Ab1uKbM4_HEbZhP46esen_tvmqEfLCIbuerqgill6XKyO3jfRa-aVMhcalrGA7cSvZgGTSwR7E19_K1ljmNGMw/s1600-h/Nonato180707.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5109439372476011858" style="margin: 0px auto 10px; display: block; cursor: pointer; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8GiH5pFCpyEHI301EYn9l4WKKLo-Xjn6s5KgFy2OdiO_wFsbYGq_O9Ab1uKbM4_HEbZhP46esen_tvmqEfLCIbuerqgill6XKyO3jfRa-aVMhcalrGA7cSvZgGTSwR7E19_K1ljmNGMw/s400/Nonato180707.JPG" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Para baixar as mp3 do Hinário "O Peregrino", obtenha o download clicando em:<br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?0dnm1djh2kt">"O Peregrino" - hinos do 1 ao 30</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?3me0m1hk2ho">"O Peregrino" - hinos do 31 ao 70</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?4mey9ermntl">"O Peregrino "- hinos do 71 ao 115</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?2dwqdx0jwek">"O Peregrino" - hinos do 116 ao 142 + texto</a><br /></div><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRp4bKWufDmo2K3xrjFVapyRXmsFpTHsHT2jqmAmSHTfqLeKFtQxl6n_hCpwM7C_sqcuDM42jCrCrBxi0DP49zON_I58zuiSFAEZb9Kw7BAkktMi249RqryAArBS7KGPpQ5zv2BGL4Ck/s1600-h/stfranciswwolf.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5109439376770979170" style="margin: 0px auto 10px; display: block; width: 278px; cursor: pointer; height: 284px; text-align: center;" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVRp4bKWufDmo2K3xrjFVapyRXmsFpTHsHT2jqmAmSHTfqLeKFtQxl6n_hCpwM7C_sqcuDM42jCrCrBxi0DP49zON_I58zuiSFAEZb9Kw7BAkktMi249RqryAArBS7KGPpQ5zv2BGL4Ck/s400/stfranciswwolf.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">São Francisco instrui o Lobo (1911, Carl Weidemeyer-Worpswede). Xilogravura. <span style="font-style: italic;">Die Blümlein des heiligen Franziskus von Assisi</span>. A compreensão profunda e empática que São Francisco tinha do mundo natural o habilitava a comunicar-se com os animais.<br /></span></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-84834291910151174782007-09-02T18:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:04.094-03:00O Grande Estudo de Francisco Corrente<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;">.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNqbVIM3IlYCKByJDifeSYizCYske1g-uEzuKS28h3yRcPy4yhi3rbOhDWhdtcFLclRvk2w_dJGa8CjjYuVrZjq0Jr_K4XOBzgmu1THrrbMeDpttrcNsude3I-0x52MOFMSKYTSu2Fx3c/s1600-h/new-jerusalem-flag.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNqbVIM3IlYCKByJDifeSYizCYske1g-uEzuKS28h3yRcPy4yhi3rbOhDWhdtcFLclRvk2w_dJGa8CjjYuVrZjq0Jr_K4XOBzgmu1THrrbMeDpttrcNsude3I-0x52MOFMSKYTSu2Fx3c/s400/new-jerusalem-flag.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105676139622451762" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">"<span style="font-style: italic;">New Jerusalem Canopy</span>", arte de <a href="http://www.jesuspaintings.com/decorative-flag/new_jerusalem_flag.htm">Spencer Williams</a></span><br /></div><br />"<span style="font-style: italic;">Como é que o Mestre vivia com o povo dele? Era plantando arroz, plantando feijão, plantando macaxeira, plantando cana, plantando banana, para ter a fartura natural. Quer dizer: que essa aqui é a riqueza que o Mestre deixou na nossa mão, foi essa tradição, esse conhecimento de trabalhar uma terra e da terra tirar o pão de cada dia. (...) o Santo Daime, enquanto terapêutica alternativa, se realiza, a olhos vistos, não apenas no decorrer de suas sessões e hinários festejados, mas também no esforço do trabalho com a terra, na enxada, no terçado, no machado, na pá e no aguador, para assim se receber as energias positivas e eliminar positivamente as negativas, regidos pelo movimento do Sol, da Lua e das Estrelas, sendo essa a sabedoria regeneradora para curar os homens das cidades ao reencontrarem sua harmonia profunda com a Mãe Natureza, e assim serem mais felizes. Este é o exemplo do Céu do Mapiá.</span>"<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Essas palavras de Francisco Corrente da Silva fazem parte da entrevista que realizei com ele para publicar no Suplemento Especial do jornal acreano "O Rio Branco" em comemoração ao Centenário do Mestre, na terça-feira 15 de dezembro de 1992, com o título "<span style="font-style: italic;">Herança do Mestre - Tradição Agrícola convive com Daimistas</span>". Demonstram a essência do pensamento de Sebastião Mota com relação à busca de autosubsistência de seu povo na floresta amazônica, que nos primeiros tempos do Mapiá era desenvolvida através de trabalhos agrícolas em regime de mutirão que afirmavam a força do relacionamento comunitário. E essa com certeza é uma característica notável na pessoa do "Tio Chiquinho", o qual vinte anos atrás me recebeu na Colônia Cinco Mil, que na época dirigia, e me iniciou no Daime e na Cultura da Ayahuasca em si: até minha primeira calça de farda azul, boca-de-sino, era dele e me foi presenteada. Na mesma reportagem de 1992 eu assim me referi a ele:<br /><br />"<span style="font-style: italic;">Mesmo para quem não o conhece, Francisco Corrente é uma personalidade que desperta forte empatia no primeiro contato. Verdadeiro representante da cultura amazônica da ayahuasca, na síntese encontrada entre o xamanismo indígena, as tradições esotéricas dos novos-cristãos que colonizaram o Nordeste brasileiro, e a umbanda, o tio Chiquinho, como lhe chamam seus afilhados, é, aos 44 anos de idade, um espelho da Doutrina do Santo Daime</span>".<br /><br />Ele nasceu em Sena Madureira, Estado do Acre, no dia 20 de julho de 1948, filho do piauiense Manoel Corrente e sua esposa Dona Maria. No Dia de Todos os Santos de 1971, em Rio Branco, fardou-se, e se conta que neste dia teve um "<a href="http://blogdasabedoria.blogspot.com/2007/09/amm.html">passamento</a>" dos mais formidáveis. Aprimorou-se ajudando nos feitios de Daime de eméritos irmãos da casa como Raimundo Gomes, Francisco Grangeiro e Sebastião Mota, e juntamente com seu pai e o restante da família acompanhou a este último quando da criação da igreja da Colônia Cinco Mil. Aí casou-se com Iolanda Braga, fardada do Mestre e cunhada da filha deste, Marta Serra, e tiveram a filha Janaína. Acompanhou o Padrinho Sebastião no Rio do Ouro e no Mapiá, mas a pedido deste se encarregou da gerência da Cinco Mil enquanto o Padrinho Wilson voltava a ocupar a direção dos trabalhos espirituais da antiga igreja-matriz do Centro. Caboclo guerreiro como seu pai, o Padrinho Corrente, a partir dos anos 90 passou para a Fazenda São Sebastião, na Boca do Mapiá, coordenando vários feitios nas áreas do Rio Purus. Verdadeiro capitão-de-mato da Doutrina, seu hinário pode parecer pequeno comparado com tantos outros, com muitos hinos curtos de apenas duas estrofes que se podem repetir à vontade, mas é exatamente por essa "concentração" energética que resulta em um trabalho de muita força, muita luz, e muito estudo, seja bailado no salão, em batições de jagube nos feitios ou em sessões especiais de cura.<br /><br />"O Signo do Teu Estudo", título do primeiro hino, hoje dá nome ao seu hinário. Talvez seja uma necessidade que as pessoas sentem de que os hinários tenham títulos, quando a princípio apenas alguns hinos possuiam nome específico (por exemplo, o "Unaqui", o "Leão Branco", o "Flor de Jagube" do Mestre Irineu). No caso do caderno de hinário do Padrinho Francisco Corrente, talvez o "signo" ainda não esteja develado, e o nome do caderno ainda virá para ele. O fato é que este seu hinário é mesmo um grande estudo, não apenas para ele próprio que na força do Daime recebeu seus hinos, mas para toda a irmandade ligada ao Padrinho Sebastião. Seu último hino diz:<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;">Aqui cheguei, aqui cheguei<br /></span> <span style="font-style: italic;">Aqui cheguei e vim me apresentar</span><br /><span style="font-style: italic;">Aqui cheguei, aqui cheguei<br /></span> <span style="font-style: italic;">Aqui cheguei, eu vim me matricular<br /><br /></span> <span style="font-style: italic;">O Pai Eterno e a Virgem Mãe<br /></span> <span style="font-style: italic;">E os professores que estão a ensinar</span><br /><span style="font-style: italic;">Que o mistério deste segredo</span><br /><span style="font-style: italic;">Está nesta escola para todos estudar.</span><br /></div><br /></div><div style="text-align: justify;">A gravação que apresentamos é de excelente qualidade, com destaque para o rico instrumental e o timbre particular do dono do hinário. Para baixar os 34 hinos do caderno "O Signo do Teu Estudo", em formato wma, com caderno para impressão e cifras musicais, clique em:<br /><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?4xcytsygzxw">Hinário de Francisco Corrente da Silva</a><br /><br /></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6ciAVvBTBkwLiXCRO1cDAYg-oWge41rCbDZTFRUceUHiZpoYWY0G_QQ6oJd7akOkF1sPNnPjCrhUevR69ZL7qAJTf99IHpAWWsCCqZCvoee3FLIzEpL5imn-OszGFq4mpAqsg2RVZj0/s1600-h/ChicoeWilton.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6ciAVvBTBkwLiXCRO1cDAYg-oWge41rCbDZTFRUceUHiZpoYWY0G_QQ6oJd7akOkF1sPNnPjCrhUevR69ZL7qAJTf99IHpAWWsCCqZCvoee3FLIzEpL5imn-OszGFq4mpAqsg2RVZj0/s400/ChicoeWilton.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5105676139622451778" border="0" /></a><span style="font-size:85%;">Wilton George, dirigente do <a href="http://www.chave.org.br/index_v4.htm">CHAVE de São Pedro</a>, junto do nosso "Tio Chiquinho".<br /><br /></span></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-6159949295428481521.post-44874264066996577752007-08-30T12:00:00.000-03:002008-12-10T17:44:04.288-03:00O "Caboclo Guerreiro" do Padrinho Corrente<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe1EPXR9ha6xHF5-r458O7HJuxBtK6t1rPdO-YV894ig5L3KzP7okbxM4QKyK5W27rgEuD5laEz8eyl2ddgypz6TL9EEWtpOxsrvQBhK1IwB-Ke55hb-anx82mM_PmwAzbH7G3obAXpy8/s1600-h/ppadd+copy.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhe1EPXR9ha6xHF5-r458O7HJuxBtK6t1rPdO-YV894ig5L3KzP7okbxM4QKyK5W27rgEuD5laEz8eyl2ddgypz6TL9EEWtpOxsrvQBhK1IwB-Ke55hb-anx82mM_PmwAzbH7G3obAXpy8/s400/ppadd+copy.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5104497411617868322" border="0" /></a><span style="text-decoration: underline;"></span><span style="font-size:85%;">Padrinhos Sebastião e Corrente em foto(s) de Marco Gracie Imperial</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">O velho Manoel Corrente contava que havia entrado para o Cefluris por ordem do próprio Presidente do Ciclu, Leôncio Gomes, e da viúva do Mestre, Madrinha Peregrina. Nascido em Corrente, no Piauí, e vindo para os sertões do Rio Iaco, no Acre, na década de 1930, para trabalhar com a extração do látex da seringa, ele conheceu pessoalmente o Mestre Irineu mas não chegou a tomar Daime com ele: foi apenas depois do filho Francisco começar a participar do Alto Santo, em novembro de 1971, já quando Leôncio Gomes ocupava a direção dos trabalhos, que Manoel Corrente ingressou nas fileiras do centro. Em 1974, após a separação havida por parte dos fundadores do Cefluris, ele foi ter com os dirigentes do Alto Santo para pedir aconselhamento e eles recomendaram que ele e sua família ficasse ao lado de Sebastião Mota de Melo para apoiá-lo em seus trabalhos. Assim, a família Corrente, qual verdadeiro clã conjuntamente com as famílias Mota e Carneiro, passou a ser um dos alicerces espirituais do Cefluris.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Além dos filhos (Francisca, Dalvina, Albertina, Francisco, João, José, Maria e Raimunda) com a esposa Dona Maria, Manoel Corrente foi também pai adotivo de duas crianças mais velhas que haviam perdido a mãe tragicamente na vida do seringal, o que demonstra a prevalência de seu coração paternal muito antes de conhecer a Doutrina. No Cefluris, quando o pessoal do Padrinho Sebastião foi abrir sua colocação no Seringal Rio do Ouro, foi comandante da comunidade na Colônia Cinco Mil antes desta passar para a direção do Padrinho Wilson. Depois disso foi um dos fundadores do Mapiá, e nos anos noventa, havendo falecido o Padrinho Sebastião, ficou como seu representante perante a irmandade, só não viajando o tanto que gostaria pelos demais centros por motivo da idade avançada que fazia dele o mais velho morador do Céu do Mapiá.<br /><br />Em <a href="http://arcadauniao.org/artigo.php?idEdicao=8&idArtigo=40">homenagem</a> ao Padrinho Corrente, assim escreveu Antoine Yan Monory:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Ele era uma pessoa de disciplina, que não gostava de ver as pessoas brincar com a espiritualidade, sendo que ele era um esteio espiritual importante da Corrente de Luz da qual participava.</span> <span style="font-style: italic;">Temos uma lembrança querida deste nosso velho, sendo que foi ele, quando das primeiras vezes que nos deparamos com o Sagrado Feitio do Daime, que nos ensinou a cuidar das folhas da Rainha, com todo carinho e atenção "como há de ser". Era lavando, várias lavagens, fiscalizando de alguma forma a catação das mulheres, na força das águas doces, sob a luz do Sol ou do luar, e a luz do Divino Mestre... Foi ele quem zelou mesmo das folhas, durante muitos anos, pondo-as aconchegadas nas folhas de bananeira, as regando sempre, por vezes escondidas em recantos discretos sob a sombra fresca da verde e amorosa floresta. Isto há de ser lembrado!...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Ele falava uma coisa muito boa para nós lembrarmos agora, sendo quase um hai-kai taoísta (uma frase ou idéia curta, de caráter enigmático, tendo um significado espiritual para destrinchar), de que QUEM ESTÁ CERTO ESTÁ ERRADO, E QUEM ESTÁ ERRADO ESTÁ CERTO.</span> <span style="font-style: italic;">Podemos relacionar isto com a temática das normas de ritual, ou das formas "certas" ou apropriadas de agir de modo geral, e assim às vezes uma pessoa parece estar "errada" mas está certa porque está seguindo o seu coração, a sua intuição, o seu próprio destino...</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Nos últimos tempos da sua vida, estando doente materialmente, ele pode visitar e receber ajuda da casa da Irmã de Caridade Francisca Gabriel, como é chamada, e assim comprovando o valor de uns para com os outros... Ele gostou de lá, e falou que o Mestre era único!</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Este humilde "Mestre", na sua Linha, estava justamente lutando para a sua saúde, e ele não queria e não achava que era o momento de partir ainda, até pouco tempo antes do seu desencarnar. Eram desta forma sempre realizados muitos trabalhos de cura e atendimentos para ele. Porém, dentro desta luta, ele chegou num ponto em que decidiu ir mesmo...</span> <span style="font-style: italic;">Foi antes do São José de 1996, e ele foi chamando as pessoas, uma por uma, falando que era para parar de rezar para ele ficar, que era a sua hora... Mas não foi neste dia ainda, de São José, e ele até teve uma melhora. Passou alguns dias ele recolhido, como sempre bem lúcido em todos estes tempos, comunicando as suas últimas diretrizes e mensagens de Luz.</span> <span style="font-style: italic;"><br /><br />Chegou o dia de Sábado, ele olhou para a luz do dia e falou: - "Que dia bonito, eu quero ir é hoje!...", e estava dando um céu azul especial, bonito mesmo. Ele ficou olhando o tempo todo pela janela. Chegou uma pessoa próxima, se atuou, começou a cantar, e ele começou a cantar também os seus hinos. Cantou o "Caboclo Guerreiro", e ele foi assim mesmo, cantando com força e com fé, na sua passagem de Mestre (se fala que na mesma hora alguém soltou um foguete na vila...). Esta é digna de ser comparada às passagens dos Mestres orientais, que desencarnam de forma consciente, em "sámadhi", ou êxtase místico... sendo no caso do Daime, este mesmo "sámadhi" alcançado através dos hinos. Esta passagem é própria também dos "homens de poder", como os anciãos, os velhos xamãs das tribos norte-americanas, por exemplo, os quais sabem e podem escolher o melhor dia para atender o chamado do "mundo dos espíritos".</span><br /><br /><span style="font-style: italic;">Este nobre homem nasceu o dia de São Miguel, em 1911, e desencarnou num Sábado, dia também de São Miguel na semana, o dia 23 de Março, dentro do período da Quaresma. "</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh80IK9ZfwXIdQNSf81ISu0PxQLaAn-6-pE9xVPE8cOVplrJ_svJ3uPqadJaXHYI5rgNTSfxOwoTHhqqvp0w0NLxTpFpWQVtCcr3X1hX7s5ogtvxE6lOoO44kANzbUZ_wEWA1d7v6OsDj4/s1600-h/mcorrentem1copy.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh80IK9ZfwXIdQNSf81ISu0PxQLaAn-6-pE9xVPE8cOVplrJ_svJ3uPqadJaXHYI5rgNTSfxOwoTHhqqvp0w0NLxTpFpWQVtCcr3X1hX7s5ogtvxE6lOoO44kANzbUZ_wEWA1d7v6OsDj4/s400/mcorrentem1copy.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5104494555464616450" border="0" /></a><a href="http://www.santodaime.org/comunidade/noticias/malice01.htm">Maria Alice Freire</a>, responsável pela casa de cura que leva o nome do Padrinho Corrente na Vila Céu do Mapiá, relata a participação fundamental do "Vô Corrente" na abertura dos trabalhos de umbanda no âmbito do Cefluris:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Quando eu cheguei no Mapiá, que o Padrinho Sebastião mandou eu ir para a mata, abrir uma clareira lá junto com o Vô Corrente, para poder chamar os caboclos para curar os doentes, aquilo me surpreendeu, porque eu pensava... Não só pensava, como disse a ele: "</span>Mas, Padrinho, para que o senhor precisa de caboclo? O senhor já tem tudo: já tem a Luz, a Verdade, a Justiça, a Sabedoria, o Amor, tudo na sua mão<span style="font-style: italic;">". Ele disse: "</span>Mas eu preciso dos caboclos, minha filha! Porque meu povo não tem capacidade de acompanhar a luz do Daime e os caboclos é que vão me ajudar a limpar o canal do meu povo, para ele poder acompanhar a luz do Daime<span style="font-style: italic;">". Então, essa clareza ele me deu da dimensão exata daquele trabalho – conforme foi que os caboclos fizeram comigo: essa limpeza, esse aparelhamento, essa compreensão, essa caridade. Tudo isso que é um bê-a-bá muito simples: a pessoa se entregar ali na mão daquela entidade, para ela vir aparelhar e fazer a caridade. O trabalho com o pensamento, tudo isso é o bê-a-bá da história: a fé, a entrega, a caridade; a humildade que é preciso ter, porque se a pessoa se engrandece, aparelha outras coisas que não são os guias de cura, que são aqueles trapaceiros, aqueles embusteiros que vêm. A pessoa já tendo aquela instrução de base, quando entra no Daime, já tem mais condições no plano material dela para poder lidar com tudo aquilo. O Padrinho também tinha isso, também se desenvolveu numa banca espírita, já trabalhava com os guias dele de cura antes de chegar no Daime – então ele tinha essa clareza, de como isso facilita a vida da pessoa dentro do Daime. Muitas vezes a pessoa vai dentro do Daime se conhecer, vai saber que já tem relação com aquelas falanges e entidades de outras vidas, então já traz de outro tempo aquela missão. Tudo o Daime vai nos ensinar: a aparelharmos o nosso Eu Verdadeiro, o nosso Eu Superior, que é o principal e único verdadeiro aparelhamento que devemos conservar para sempre, né? O resto, são tudo alianças espirituais.</span><br /><br /><div style="text-align: justify;">São os seguintes os hinos ofertados ao Padrinho Corrente que compõem o caderno intitulado "Caboclo Guerreiro" narrando um pouco da trajetória espiritual desse bravo guerreiro, trabalhador das matas, chamado Manoel Corrente da Silva:<br /><br />01 - Saí por uma Estrada (Graça Nascimento)<br />02 - Peço e Rogo (Madrinha Maria Corrente)<br />03 - Balança do Julgamento (Regina Pereira)<br />04 - Beija-flor (Ângela Pimenta)<br />05 - Rainha da Luz (Luiz Lopes)<br />06 - Caboclo Guerreiro (Eduardo Ferreira)<br />07 - Santo Deus (José Kleuber)<br />08 - O Relho (Nonato Teixeira)<br />09 - Eu Peço (Isabela Coutinho)<br />10 - Com Jesus (Paulo Roberto)<br />11 - Minha História (Alex Polari)<br />12 - Grande Estudo (Vera Gall)<br />13 - Peço Força a meu Pai (Maria Cristina Santos)<br />14 - Vim Apurar (Beto)<br />15 - Comparecer (Fausto)<br />16 - Vamos Agradecer (Edimar)<br />17 - Corrente (Baixinha)<br />18 - Como eu amo o meu Padrinho (Baixinha)<br />19 - Caboclo Estrada Frente (Maria Alice)<br />20 - Sou o Daime (Neiva)<br />21 - Construção do Templo (Vera Fróes)<br />22 - Chuva Divina (Bernardo Albino)<br />23 - Alerta Geral (Joaquim Carvalho)<br />24 - Caboclo Afirma o Ponto (Cecília)<br />25 - Linha de Umbanda (Vera Apolônio)<br />26 - Bom Curador (Susana)<br />27 - Estrela do Oriente (Beatriz Vidal)<br />28 - São Miguel (Cristina Motta)<br />29 - Cruzeiro Iluminado (Eduardo Gabrich)<br />30 - Viva o Padrinho (Pedro Malheiros)<br />31 - Silêncio (Manoel Paulo)<br />32 - Luz do Espírito Santo (Noêmia Cotrim)<br />33 - Guerreiros do Amor (Joana Palhares)<br />34 - Caboclo Bom (Elisabete)<br />35 - Vou Chamar (Nonato Teixeira)<br />36 - O Velho (Alessandra)<br />37 - Festa de São Miguel (Maria Brilhante)<br />38 - Mais Um (Padrinho Alfredo)<br />39 - O Plantar e Colher (Júlio César)<br />40 - Estrela Guia (Luciana Rocha)<br />41 - Grande Rei (Luiz Roque)<br />42 - Irmãos em Cristo (Gilda Guilhon)<br />43 - No Infinito do Espaço (Sônia Palhares)<br />44 - É Pra Você (Conceição Carvalho)<br />45 - Quebra Demanda (Conceição Carvalho)<br /><br />Para baixar as mp3 do hinário "Caboclo Guerreiro", em gravação especial na Vila Céu do Mapiá, clique em:<br /></div></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://www.mediafire.com/?42jymna2izl">Caboclo Guerreiro - hinos 01 a 23</a><br /><a href="http://www.mediafire.com/?83mwxxli1nn">Caboclo Guerreiro - hinos 24 a 45 (com caderno e cifras)</a><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Conheça também a obra da <a href="http://www.santacasadecura.org/content/blogsection/0/9/">Santa Casa de Cura Padrinho Manoel Corrente</a>, e seja mais um colaborador!...<br /></div>Eduardo Bayer Netohttp://www.blogger.com/profile/09080253018704344024noreply@blogger.com7