13/05/2008

"Firmado na Luz" de Sonia Palhares (recarregado)


Ascenção de Santa Maria Madalena - José Antolinez (1635-1675)
Sonia Maria Palhares de Alverga nasceu no Rio de Janeiro, no dia 04 de outubro de 1949, dia de São Francisco de Assis. É casada com Alex Polari de Alverga com quem tem três filhos: Thiago, Paula e Davi, além de Joana, sua filha mais velha, fruto da sua primeira união. É avó do João, que tem agora quase dois anos, filho de Thiago e de Ana.
Sonia é Bacharel em Literatura Brasileira pela UFRJ, Licenciada pela Faculdade de Educação da UFRJ e Pós-Graduada em Teoria da Literatura pela PUC-Rio.

Sonia conheceu o Santo Daime em junho de 1982. Sentia-se incompleta na vida, mas não tinha ligação com nenhuma tradição ou prática espiritual. Nesta época foi à Colônia 5000 – nos arredores de Rio Branco - fazer um vídeo sobre o Daime, que já despertava interesse para além das fronteiras da região norte. O Feminino Sagrado, a feminilidade, a mulher, o ventre, a terra, a fertilidade, todos estes mistérios que envolvem o tema se apresentaram a ela na sua primeira experiência com a bebida:

“Quando entrei na igreja senti uma emoção em ver que ali estava tudo que eu vinha buscando, naquela gente simples. Quando a força do Daime chegou, me vi como nunca - eu estava em cima do planeta Terra. Essa era a consciência. Senti a vida na Terra, útero da mulher, da Mãe Divina. Do gerado, do gestado, do feminino".

Em dezembro do mesmo ano, Alex foi ao Rio do Ouro, onde o Padrinho morava nesta época, e recebeu a missão de começar um núcleo em Visconde de Mauá. Começaram então a fazer os trabalhos na garagem da própria casa, lá mesmo em Mauá. Em 1984, a igreja ficou pronta e em dezembro de 1985 a família toda se mudou para uma casa mais próxima à sede e aí começou a comunidade Céu da Montanha. Nesta época moravam lá mais ou menos 70 pessoas. Havia escola, uma cozinha comunitária, um centro de pesquisa em fitoterapia, oficina de tecelagem, e um grupo de mulheres muito unidas.


No final da década, em 1989, Alex visitava o Mapiá quando o Padrinho Sebastião chamou a ele e sua família para irem morar lá. O convite foi aceito, afinal já tinham com ele laços de confiança, afeto e amizade.

“Nós havíamos acabado de construir a nossa casa em Mauá, nem pensávamos nisso, mas respeitamos o chamado e começamos a preparação: ele mandou a gente vir duas vezes com toda a família e na terceira, de vez. Em maio de 1993, finalmente fizemos a mudança. Uma decisão difícil, os filhos adolescentes, entre 9 anos e 20, mas conseguimos boa adaptação. O Padrinho Sebastião morou em nossa casa em Mauá por um mês, isso em 1987. Foi uma experiência maravilhosa. Ele era uma pessoa muito humilde e verdadeira, que conquistava a gente por sua simplicidade e amizade. Foi esse sentimento que nos deu coragem de largar tudo e mudar para o Mapiá”.

Sua ligação com Santa Madalena começou quando leu a “História de uma alma”, um manuscrito de Santa Teresinha que além de ser uma autobiografia, tratava do amor de Santa Madalena ao “Esposo Divino”. Depois desta leitura, num trabalho de estrela em 1986, recebeu o hino “As Forças Redentoras”, consagrando sua ligação ao amor devocional de Madalena ao Cristo. Passado algum tempo, o Padrinho Alfredo ofereceu a data de 22 de julho, dia de Santa Madalena, para que cantasse seu hinário, o que ela considera que:
“foi mais uma forma dele me ajudar, pois eu estava num momento difícil do meu trabalho espiritual e eu sou muito grata a ele por isso”.

22-Forças Redentoras
(Madrinha Cristina)

Viva Deus Onipotente

Via essa Santa Doutrina
Viva Santa Madalena
Junto com a Santa Maria

Nossa Santa Madalena
Era santa pecadora
Junto com a Santa Maria
São as forças redentoras

Pra chegar a esse Poder
É preciso estar puro
Pra dispor do aparelho
Os espíritos de cura

Eu peço aos meus irmãos
Pra nessa casa respeitar
Os espíritos femininos
Que chegam pra se salvar

Pecadoras arrependidas
Podem já se libertar
Que aos pés de Jesus Cristo
Ninguém pode atormentar

Há algum tempo Sonia vem acompanhando Alex em algumas viagens ao exterior e nos dois últimos foram aos Estados Unidos e ao Canadá, onde achou emocionante ver o esforço das pessoas em seguir a Doutrina, com todas as dificuldades, principalmente a da diferença da língua.

Seu caderno de hinário - chamado “Firmado na Luz” – é composto de uma primeira parte com 39 hinos; a partir daí abre-se “A Estrela do Oriente” com mais 17 hinos e há ainda uma parte final, com os hinos oferecidos por ela a partir de 1987, atualmente são 11 hinos. Além da exaltação ao Feminino Sagrado, seus hinos nos trazem o entendimento do poder da conversão ao Amor Divinal que vem senão pelo Cristo e nos lembram da importância da Firmeza e da Fé para seguir nesta batalha aqui na Terra e no Astral.

Sua mensagem para toda a irmandade é:
“Ter um coração simples e seguir a Doutrina sem esmorecer, pois o tempo está forte em todo o mundo e só o amor crístico - que o Daime traz- pode nos ligar com nosso verdadeiro eu”.

O hinário "Firmado na Luz", (título que veio do nome do hino 134 a ela presenteado no "O Cruzeirinho" do Padrinho Alfredo Gregório de Mello), é cantado todo 22 de julho no Céu do Mapiá, dia de Santa Maria Madalena. Para realizar o download deste Hinário gravado em estúdio, com a participação, entre outros, da Joana e da Tininha Cotrim, numa colaboração preciosa de Caio Lemos, clique em:
Recarregado agora com as mp3 dos 2 últimos hinos da parte intitulada “Oferecidos”, respectivamente os números "10-Proteção" e "11-Bem Precioso". Enviados pela irmã Daniella Villalta, colaboradora e co-autora deste nosso post. Agradecimentos carinhosos e especiais a Sonia Palhares!...

27/01/2008

"O Convite", da Madrinha Júlia Gregório


Júlia Gregório da Silva nasceu em Açu, no Rio Grande do Norte, em 29 de dezembro de 1933. É a irmã mais nova da Madrinha Rita Gregório de Melo, e mãe de seis filhos: Maria de Fátima (Dodô), João Batista, João Evangelista (Vanja), Maria José, Antonio José e Rita Maria.

Com a idade de oito anos partiu para o Acre com a família. Viveu durante sete anos no Juruá, Amazonas, de onde seguiu para Rio Branco, no Acre, sendo uma das primeiras moradoras da Colônia 5.000. Iniciou-se na Doutrina do Santo Daime após a passagem de seu marido, Francisco Gregório Bezerra.

Hoje a Madrinha Júlia mora na Vila Céu do Mapiá. Herdou de outra irmã, Tetê, já falecida, o gosto de ser zeladora e responsável pela Oração e pelos trabalhos da Igreja de um modo geral. Batalhadora incansável da pontualidade e da disciplina nos trabalhos espirituais, é sempre a primeira a chegar e abrir os trabalhos nas datas oficiais. É responsável pela padronização e acatamento das normas rituais da Doutrina. Viaja pelo mundo levando a todo Cefluris seu exemplo de humildade e disciplina, sempre trabalhando na Verdade e no Amor da mensagem do Padrinho Sebastião Mota. Seu hinário é um convite permanente à entrega, à confiança e à fé, requisitos indispensáveis à espiritualidade:

"O barco chegou
E eu vou viajar
Feliz é aquele
Que me acompanhar

Minha vida é de Deus
E eu vou me firmar
Segure o balanço
E vamos balançar

Meu Pai me chamou
E eu aqui estou
Segure o balanço
Que somos vencedores

Dou viva ao Sol
Dou viva à Lua
À Estrela do Oriente
Que é o meu Jesus

Ele vem balançando
E vai balançar
Os que estiverem firmes
Estes vão ficar".

A presente gravação foi realizada pelo Padrinho José Ricardo, da Igreja Céu do Dedo de Deus, em Teresópolis - Rio de Janeiro, e inclui os hinos ofertados à dona do hinário. Para obter o download das mp3, clique em:

Colaboração: Jaime Wanner e Patrícia Rodrigues.